Vai sobrar médicos no Brasil?

Perguntado por: nespinosa . Última atualização: 25 de abril de 2023
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Ou seja, após seis anos do curso, mais este total de profissionais estará no mercado. O estudo faz um comparativo, que reforça o maior número de profissionais: os mais de 31 mil que se formarão em 2024 é mais do que o dobro do número de médicos que se registram nos CFM em 2021.

Com base na expansão da oferta de anos anteriores, cenário B projetado considerou aumento de 1.000 vagas de graduação em medicina entre os anos de 2023 e 2029. No cenário A, são projetados 1.016.121 médicos, enquanto no cenário B a estimativa é de 1.032.753.

Isso não acontece porque quando eles se veem nestas zonas se deparam com os mesmos problemas dos médicos brasileiros: falta de infraestrutura para o trabalho, falta de apoio de equipes multidisciplinares, falta de perspectivas de valorização profissional, falta de acesso à educação continuada.

Norte e Nordeste sofrem com falta de médicos, mas é possível mudar essa realidade. O estudo “Demografia Médica no Brasil 2023” indica que o número de médicos cresceu fortemente no Brasil, nas últimas duas décadas, com média de 2,6 por mil habitantes, muito semelhante à média do Canadá e Estados Unidos.

De acordo com o Site Nacional de Empregos (Sine), um médico em início de carreira, ganha entre R$ 4.820 e R$ 8.147, em média. Já médicos com mais de 8 anos de experiência têm remuneração média de R$ 11.769 e R$ 19.891.

A medicina do futuro terá como foco a prevenção. Estamos deixando para trás um modelo convencional e compartimentalizado para um modelo conectado. Tratamentos reativos e episódicos darão espaço para os cuidados contínuos, proativos e individualizados. O cerne disso é o processamento de dados e outras inovações.

neurocirurgia

A especialidade médica com maior remuneração é a neurocirurgia, uma das mais demandadas no mercado nacional. Ela é responsável pelos procedimentos em pacientes com problemas no sistema nervoso, atuando principalmente em hospitais.

O custo de uma faculdade de Medicina sempre foi considerado um dos mais altos no Brasil. Certamente, é o curso mais caro nos dias de hoje. Os preços variam de R$ 5.000 a mais de R$ 12.000, mas a maioria das mensalidades fica entre R$ 7.000 e R$ 8.000.

A Demografia Médica 2023, lançada pelo CFM, mostra que o Brasil possui médicos ativos, com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), em número absoluto suficiente para atender às necessidades da população.

A defasagem entre os egressos de cursos de medicina e vagas de Residência Médica de acesso direto aumentou no período analisado pela Demografia Médica. Essa diferença, que era de 3.866 vagas em 2018, passou para 11.770 vagas em 2021.

Brasil tem 15 mil profissionais desempregados após desmonte do Mais Médicos. São Paulo – Em meio à pandemia do novo coronavírus, que já vitimou 233.520 pessoas, o Brasil atravessa a maior crise sanitária do último século com ao menos 15 mil médicos desempregados.

Dr. Walter Pallis: Não há falta de médicos no Brasil, de acordo com a Demografia Médica de 2023, um estudo do Conselho Federal de Medicina, que hoje é uma plataforma que pode ser acompanhada por todos em tempo real.

Uma dos motivos para o atraso dos médicos é a delimitação errada do tempo médio de cada consulta. Além disso, muitos consultórios agendam pacientes sem pequenas pausas entre as consultas para tentar atender o máximo de pessoas possível.

Sem conseguir preencher todas as vagas, o governo terminou por fazer também um contrato com o governo de Cuba para que médicos do país viessem trabalhar nas cidades mais distantes. O contrato causou reclamações de associações médicas brasileiras e de parlamentares da oposição.

Finalmente, temos a Genética Médica como a especialidade médica com menos profissionais no país. Em 2022, havia somente 407 médicos registrados nessa área, o que corresponde a apenas 0,1% do total de médicos especialistas.

Noruega

No panorama geral, a Noruega lidera a lista com 4,93 médicos e 17,97 enfermeiros para cada 1.000 habitantes, seguida pela Suíça e Islândia (já citadas), Alemanha e Irlanda. A Austrália aparece em sexto lugar.

Uma pesquisa feita em mais de 100 países revelou que o atendimento médico precário é responsável por mais mortes do que a falta de serviço de saúde. No Brasil, 150 mil pessoas morrem todos os anos por causa da negligência.

Considerando que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também é um órgão público, os valores pagos para esse profissional são semelhantes aos pagos aos médicos do SUS. Sendo assim, a média de salário de um médico da UPA tende a ser de R$ R$ 5.866,43 para uma jornada de trabalho de 29 horas semanais.

R$ 1.020

- O valor médio do plantão por 24 horas varia de R$ 1.020, em hospital particular, e R$ 1.300, em hospital público.