Vai fazer ou vai fazer?

Perguntado por: ubrito2 . Última atualização: 24 de fevereiro de 2023
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O correto é, VAI FAZER, pois como o verbo FAZER pertence a uma locução verbal (VAI + FAZER) e é o verbo principal da locução, ele transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar que deve ficar no singular.

Portanto, as duas formas estão corretas.

A regra é bem simples e clara: o verbo fazer, quando expressa o sentido de tempo transcorrido, é um verbo impessoal, ou seja, não indica pessoa. Veja mais exemplos: Faz dez anos que não vejo o mar. Faz onze anos que me formei.

Aplicando o raciocínio às locuções vou ir, vai ir, vão ir e vamos ir, compreendemos que as formas flexionadas (vou, vamos, vai) não têm sentido de movimento: elas apenas compõem o sentido de ação futura. Por último, um lembrete: a locução usada por Sanchez (e por tantos brasileiros) é extremamente estigmatizada.

O certo é "VAI FAZER dois meses que ele viajou". Já vimos e repetimos que o verbo FAZER, quando se refere a "tempo decorrido" deve ser usado sempre no singular: "FAZ dez dias que não nos vemos"; "FAZIA alguns minutos que o Romário não tocava na bola"...

As duas formas são corretas. A diferença entre que e quê está, principalmente, na intensidade com que são pronunciados, sendo assim classificados em monossílabo tônico e monossílabo átono.

Quando os verbos dar, bater, soar, restar, faltar e ser referem-se às horas devem concordar com o sujeito da frase, o qual normalmente é: hora(s), minutos(s), segundo(s), badalada(s), sino(s), relógio(s).

Quando o verbo FAZER se refere a tempo transcorrido, ele é impessoal. Ou seja, ele não tem sujeito com quem concordar e então deve ser empregado sempre no singular. Por isso, devemos dizer: faz 20 anos que o conheço/ Fazia três anos que ele não tirava férias.

Porém, quando o verbo “fazer” indica tempo decorrido ou temperatura, ele se torna invariável ou impessoal. Isso quer dizer que ele deve ser usado sempre no singular. Desse modo, o correto é dizer ou escrever “Faz cinco dias que não como carboidrato”, e não “Fazem cinco dias que não como carboidrato”.

É o caso da frase acima, na qual a locução verbal “vão ter” é empregada no sentido de “vai haver”, impessoal, isto é, sem sujeito e, se não há sujeito, ambos os verbos que a constituem devem ficar no singular: vai ter.

Fazer, quando exprime tempo, é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Portanto, deve-se manter na terceira pessoa do singular: Faz dois anos que nos conhecemos, Ontem fez quinze dias que aconteceu o acidente.

Este verbo só é regular no Pretérito imperfeito e nos Futuros do presente e do pretérito do Modo Indicativo: ia, irei, iria; nas Formas nominais - Infinitivo: ir; Gerúndio: indo; Particípio: ido.
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Verbo ir - Verbo irregular da 3ª conjugação.

INDICATIVOSUBJUNTIVO
PresentePresente
vou vais vai vamos ides vãová vás vá vamos vades vão

O verbo fazer é um verbo irregular.
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Formas nominais.

Infinitivo pessoalGerúndioParticípio
por fazer (eu) por fazeres (tu) por fazer (ele) por fazermos (nós) por fazerdes (vós) por fazerem (eles)fazendofeito

Aonde ou onde são termos gramaticalmente corretos e, embora os dois sirvam para indicar lugar, cada um deles tem uma aplicação adequada. Enquanto onde indica permanência, aonde dá a ideia de movimento, e essa é a principal diferença entre as duas palavras.

Nos exemplos que você dá, “eu irei” é o futuro sintético, e “eu vou ir” é o analítico. Ocorre que alguns gramáticos hostilizam a construção “eu vou ir” por achá-la redundante, já que há repetição do verbo “ir”, e por isso preferem simplesmente “eu vou”.

O infinitivo é VIR, e é com ele que se formam as locuções verbais. O correto, portanto, é “eu poderei vir, nós poderemos vir, eles poderão vir”. Outra construção pouco agradável de se ouvir é a locução construída com os verbos IR e VIR, como em “ele vai vir”. Prefira usar o tempo futuro de vir: “ele VIRÁ”.

Não há problemas gramaticais com “vou à” e “vou para”, mesmo porque o verbo “ir” pode ser regido tanto pela preposição “a” quanto pela preposição “para”.