Vai a rua ou vai na rua?

Perguntado por: egouveia . Última atualização: 2 de junho de 2023
4.6 / 5 15 votos

As duas formas são consideradas corretas, pois a preposição em (na) nesse caso é substituída pela preposição a: à Rua, à Avenida, ou à residência. Desta forma, o foco gramatical muda para as regras de uso da crase, ganhando valor dentro deste contexto.

Primeira conclusão: crase é uma coisa, acento é outra. Fiquemos com a essência: a crase resulta da junção da preposição a – exigida pelo termo que a antecede – com o artigo definido a, que acompanha o nome feminino que vem após. Daí: Fui à feira.

Segundo a norma culta, deve-se empregar nesse caso a preposição em: o tal imóvel fica sito – ou seja, situado, localizado – na (e não à) rua X ou Y.

Estamos viajando em direção à Roma das Sete Colinas. b) Ocorre a crase somente se os nomes femininos puderem ser substituídos por nomes masculinos, que admitam ao antes deles: Vou à praia. Vou ao campo.

Em geral, essa fusão acontece quando, em uma mesma frase, você precisa utilizar a preposição A (pedida depois de alguns verbos transitivos indiretos ou adjetivos) e o artigo A, que precede palavras femininas. Exemplos: Vou à (a preposição + a artigo) academia.

É usada a crase antes de palavras femininas; em expressões que indicam horas; antes de cidades, estados ou países: Vou à festa. A festa começa às 18h.

A palavra casa, na acepção de "lar", é entendida como um substantivo que não admite artigo, porque se pressupõe que já esteja definida. Por esse mesmo motivo, quando casa é sinônimo de "lar", não se diz "Eu volto para a casa" ou "Eu cheguei na casa", mas "Eu volto para casa" e "Eu cheguei em casa".

Há casos em que não ocorre crase (união da preposição a com o artigo definido a), mas o acento grave é usado por motivos de clareza: à força, à medida, à míngua, à faca, à noite, à tarde, à mão, à distância.

Em "Quem tem boca (ou "Sabrina') vai a Roma", por exemplo, o "a" que antecede "Roma" não pode receber acento grave por uma razão muito simples: não ocorre crase, ou seja, o "a" não resulta da fusão de coisa alguma.

Portanto, nesse caso, o “a” antes de padaria é com acento grave: Estou indo à padaria. Por quê? Porque há o “a” – exigido pelo verbo ir (ir a algum lugar) + outro “a” – que acompanha “padaria” – a padaria. Então a + a = à ( usamos só uma letra” a”, e a outra representamos pelo acento.

Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.

adjetivo Que está situado em; que se encontra estabelecido num lugar determinado; situado, localizado: escritório sito na rua das Araucárias. Etimologia (origem da palavra sito). Do latim situs.a.um.

Via pública: 1 alameda, caminho, via, avenida, atalho, passagem, trilha, trilho, vereda.

Algumas pessoas mudam o termo “situado” ou “situada” por “sito” ou “sita”, respectivamente. Não há problema ao se fazer isso, pois o significado continua o mesmo.

“Cristina precisa ir à aula”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “ir”, pois o verbo indica movimento em direção a algum lugar. Regra geral: Sempre haverá crase da preposição mais artigo se o termo regente exigir a preposição a e se o termo regido aceitar o artigo feminino a (as).

Segundo as gramáticas normativas, o correcto é "Vou. ao mercado". Pois se "vai a algum lugar", e não "em".

Sendo assim, se você quiser dizer que compareceu à aula, que acompanhou e viu tudinho = você deve usar sim a crase. Agora, se você está mandando tão bem que preparou o material, auxiliou os outros alunos durante a aula e deu assistência = nesse caso você escreve sem a crase mesmo.

O verbo ir, sendo um verbo transitivo indireto, estabelece regência verbal com um objeto indireto através da presença de uma preposição. Embora a preposição em seja a mais utilizada pelos falantes (ir em), a mais correta segundo as normas gramaticais é a preposição a (ir a).

“Ir para algum lugar” dá ideia de permanência longa ou definitiva; “Ir a algum lugar” dá ideia de permanência curta. Por isso é que, quando alguém morre, não se diz que a pessoa ”foi ao céu”, porque de lá ninguém volta (nem do inferno). É melhor “ir ao hospital” do que “ir para o hospital”.