Teve sobreviventes no holocausto?

Perguntado por: abelem . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Como escapar da morte em meio a um conflito de escala mundial? A estimativa do Museu do Holocausto de Curitiba é que de 20 mil a 25 mil judeus sobreviventes da Shoá, como também é chamado o assassinato em massa, tenham conseguido ao vir para o Brasil.

Neste 27 de janeiro é celebrado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto; entre 20 mil e 25 mil judeus perseguidos vieram para o Brasil.

Entre 1945 e 1952, os Estados Unidos admitiram em seu território 400.000 sobreviventes do nazismo, deslocados de guerra, e entre eles 96.000, cerca de 24%, eram judeus.

O paulista faleceu em maio de 2022, aos 94 anos. Andor Stern, único sobrevivente brasileiro do Holocausto, faleceu em maio de 2022, aos 94 anos.

Em 27 de janeiro de 1945, tropas soviéticas entraram no campo de concentração e encontraram os sobreviventes magros, torturados e exaustos. Apenas cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos e doentes terminais tinham sobrevivido, sendo que 500 deles eram crianças.

Quem foi Andor Stern, único brasileiro a sobreviver ao horror de Auschwitz - 27/01/2023 - UOL ECOA.

Um milhão e meio deles eram crianças. “Mesmo se fossem capazes de trabalhar, as mulheres grávidas eram levadas às câmaras de gás assim que chegavam [aos campos de concentração]. Se conseguiam esconder a gravidez, seus bebês recém-nascidos eram assassinados com injeção legal ou afogados”, explicam Weisz e Kwiet.

O Holocausto foi um processo contínuo que ocorreu por toda a Europa entre os anos de 1933 a 1945. O antissemitismo foi a base do Holocausto. O antissemitismo, o ódio ou preconceito contra os judeus, era um princípio básico da ideologia nazista. Esse preconceito, que já era disseminado, piorou em toda a Europa.

Holocausto brasileiro
O termo “holocausto” também é usado para se referir às práticas violentas no Brasil. O Holocausto brasileiro corresponde ao genocídio de mais de 60 mil brasileiros no Hospital Colônia, em Barbacena (MG), foi omitido por anos.

Libertação Os soldados soviéticos foram os primeiros a libertar prisioneiros dos campos de concentração nos estágios finais da guerra. Em 23 de julho de 1944, eles entraram no campo de Majdanek, na Polônia, e mais tarde invadiram vários outros centros de extermínio.

O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.

Muitas pessoas lucravam com os cadáveres: guardas do campo roubavam parte do ouro, o resto era derretido e depositado em uma conta bancária das SS, e empresas privadas compravam e usavam os cabelos para fabricar diversos produtos, incluindo cordas de barcos e colchões.

O Distintivo no Sistema dos Campos
Judeus encarcerados em campos foram marcados com dois triângulos amarelos sobrepostos formando uma estrela de Davi. Feitos de tecido, estes distintivos eram costurados nos uniformes usados pelos prisioneiros nos campos.

No Brasil, um dos mais emblemáticos é o caso do Hospital Colônia de Barbacena (MG), que ficou conhecido como o “holocausto brasileiro”.

Os pacientes internados eram submetidos a todo tipo de tortura: eram violentados, passavam frio e fome. Nem roupas eram fornecidas para os pacientes, que andavam quase nus. Poucos conseguiam alguns trapos para se vestir. Em noites de frio, chegaram a ser registradas 60 mortes.