Tem radiação em Hiroshima?

Perguntado por: eantunes8 . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Segundo Wellerstein, hoje existem produtos da fissão e outras toxinas na área, mas não é um local extremamente radioativo. A radioatividade no local é apenas "ligeiramente maior do que em qualquer outro lugar", diz ele.

Em Chernobyl, o acidente aconteceu no chão, e acabou tornando a terra radioativa. É por causa disso que Chernobyl continua inóspita e Hiroshima e Nagasaki já voltaram a se tornar habitáveis há muito tempo.

Quando o reator de Chernobyl explodiu, estima-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.

Atualmente, há diversas técnicas de descontaminação que removem isótopos da superfície ou do interior do organismo, o que reduz a incorporação e os efeitos em alguns casos, mas não há como remover o processo físico da radiação e nem o seu dano.

Geralmente, não é totalmente seguro nem muito perigoso andar pelas ruas de Hiroshima. No entanto, certifique-se de ter um seguro saúde de viagem adequado para cobrir os custos de qualquer tratamento médico, caso seja necessário.

cidade de Fukushima

Ao contrário do que muita gente pensa, o lugar mais radioativo do mundo não é Chernobyl — embora esse tenha sido um dos piores acidentes nucleares da história da humanidade. Hoje, os maiores níveis de radiação nocivos ao corpo humano e ao meio ambiente são encontrados na cidade de Fukushima, no nordeste do Japão.

No dia 15 de agosto, o Japão se rendia, apenas alguns dias depois da Alemanha, praticamente selando o fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1958, após uma grande recuperação e com a meta de transformar Hiroshima em um memorial, a cidade voltou a ter 410 mil habitantes, equivalente ao mesmo número pré-guerra.

Segundo especialistas, a expectativa é que a região afetada de Chernobyl volte a se tornar habitável daqui a cerca de 20.000 anos. No entanto, alguns animais selvagens com aparência saudável foram vistos pela região nos últimos anos, embora os testes de radiação indiquem que o local ainda está altamente contaminado.

O iodeto de potássio é um sal que é usado clinicamente para auxiliar no tratamento de radiação e também tem uso no campo da fotografia. É comumente conhecido como “pílula de iodo” ou “pílula anti-radiação”.

Atualmente, Chernobyl não conta com uma estrutura adequada e segura para oferecer uma boa qualidade de vida para moradores. Nem mesmo fazer uma horta no quintal de casa pode ser considerado uma prática segura.

Especialistas disseram que levará pelo menos 3 mil anos para que a área se torne segura, enquanto outros acreditam que isso é muito otimista. Pensa-se que o local do reator não se tornará habitável novamente por pelo menos 20 mil anos, de acordo com relatório de 2016.

Tsar Bomb

Qual explosão nuclear é considerada a maior do mundo? Intitulada de Tsar Bomb ou RDS 220, esta ogiva nuclear foi desenvolvida pela União Soviética (URSS) e testada oficialmente em 30 de outubro de 1961.

15 minutos

A radiação permanece no corpo apenas durante o tempo em que o paciente fica no aparelho (de 7 a 15 minutos).

Projeto Manhattan
Os EUA tinham receio de a Alemanha nazista produzir esse material bélico antes dos Aliados. Foi isso que Einstein e Szilard escreveram na carta enviada ao presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, alegando que os cientistas alemães já estavam desenvolvendo estudos sobre fissão nuclear.

Os sintomas dependem da quantidade de radiação, da taxa em que foi recebida e da área do corpo tratada. Podem ocorrer enjoos, vômitos e perda de apetite durante (ou pouco após) uma irradiação no cérebro ou no abdômen.

Depois de 18 a 20 aplicações em regiões específicas do pulmão, a dose se completa em 50.000 milisieverts. Um ser humano pode morrer em poucas horas se seu corpo inteiro for exposto à 50.000 milisieverts.

A principal razão pela qual é possível morar em Hiroshima e Nagasaki, mas não em Chernobyl, é o nível de contaminação radioativa presente nessas áreas. Em Hiroshima e Nagasaki, a radiação diminuiu ao longo das décadas, e medidas de limpeza e reconstrução foram tomadas.

Hiroshima foi devastada pela bomba e estima-se que cerca de 40% de seus 350 mil habitantes morreram, muitos incinerados instantaneamente. Hoje, a cidade é palco de protestos antiarmas nucleares.

Os níveis de radiação ionizante nas áreas mais afetadas no prédio do reator foram estimadas em 5,6 roentgens por segundo (R/s), o equivalente a 20 mil roentgens por hora. Uma dose letal de radiação é equivalente a 500 roentgens (ou ~5 Gray (Gy) em unidades modernas) por um período de cinco horas.

O acidente com césio-137 que ocorreu em Goiânia no ano de 1987 é considerado o maior acidente radiológico do mundo. O isótopo radioativo césio-137 foi o causador do maior acidente radiológico do mundo. Ouça o texto abaixo em aúdio!