Quem toma Lamotrigina pode ingerir álcool?

Perguntado por: mzaganelli2 . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Deve-se evitar o uso de álcool e outro depressor do sistema nervoso central, pois essas substâncias podem aumentar o risco de efeitos colaterais da lamotrigina. Cuidado ao dirigir ou executar tarefas que exijam atenção.

A mistura entre o álcool e os compostos medicamentosos não é aconselhada, já que pode promover prejuízos à saúde do paciente e diminuir a eficiência do tratamento medicamentoso. Isso acontece porque o álcool pode tanto potencializar quanto reduzir o efeito de algum remédio.

O mecanismo de ação da lamotrigina no transtorno bipolar não é bem conhecido. Em nível celular, lamotrigina inibe a liberação do aminoácido excitatório glutamato, dessa maneira diminuindo a excitação do sistema nervoso central, e, in vitro, inibe os canais de sódio de baixa voltagem.

Indicação: Lamotrigina é usada para tratar crises epiléticas convulsivas parciais e crises generalizadas. Previne também os episódios de alteração do humor, especialmente episódios depressivos, em pacientes adultos com transtorno bipolar.

Alguns tipos de crise podem ser agravadas pelos anticonvulsivantes. Por exemplo, a pregabalina e lamotrigina podem agravar convulsões mioclônicas; carbamazepina pode piorar convulsões de ausência, mioclônicas e atônicas.

Caso haja necessidade de você parar de tomar lamotrigina, isso deve ser feito de modo gradual. A retirada de lamotrigina não está associada a sinais ou sintomas de abstinência. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Por exemplo: Metronidazol; Trimetoprim-sulfametoxazol, Tinidazole, Griseofulvin. Outros antibióticos como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida também não devem ser tomados com álcool pelo perigo de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.

Combinar bebidas alcoólicas com antidepressivos e/ou medicamentos tarja preta deve ser rigorosamente evitado. Se o remédio estiver fora dessa seara e for metabolizado em local diferente do fígado, não há problema.

* Ansiolíticos (indicados nos tratamentos da ansiedade e da insônia) - Combinados com álcool podem desencadear sedação, falta de coordenação e prejuízo da memória, com risco de acidentes.

A interação medicamentosa que ocorre com o álcool pode causar diminuição ou potencialização do efeito de um medicamento. É recomendado nunca se fazer esse tipo de combinação, pois há vários riscos envolvidos ao misturar medicamentos e álcool.

O álcool é um depressor do sistema nervoso central (SNC) que exacerba os sintomas depressivos, aumentando o risco de morte por suicídio.

O fígado demora em torno de uma hora para a metabolização de uma taça de vinho, chope ou até mesmo uma dose de destilados, por exemplo. Por isso, recomenda-se esperar, no mínimo, uma hora para cada dose de bebida alcoólica ingerida, antes de tomar qualquer tipo de medicamento.

O transtorno bipolar não tem cura, mas com o tratamento adequado, pode ser controlado. O tratamento normalmente inclui uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Os tipos de transtorno bipolar
O tipo 1 é o mais grave. “Neste tipo, ocorre o quadro completo, com a presença de fases claramente depressivas e maníacas, debilitando e provocando importantes prejuízos na vida dos pacientes”, afirma o psiquiatra Eduardo Aratangy.

“É bem comum que o paciente abandone o tratamento por não acreditar na doença”, reforça a psiquiatra Thaís Zélia dos Santos, da Santa Casa de São Paulo. O tratamento inclui remédios para estabilizar o humor. “O medicamento é essencial e para a vida toda.

Já nos casos mais graves, a primeira alternativa deve ser a associação de um estabilizador do humor com um antidepressivo. Os estabilizadores do humor mais indicados são o lítio e a lamotrigina, mas o valproato e a carbamazepina também podem ser empregados.

1 Dose máxima
500mg/dia. Alguns pacientes podem necessitar de até 700mg/dia para alcançar a resposta desejada.

Lamotrigina possui uma ação antiglutamatérgica, o que pode contribuir para seus efeitos antidepressivos, uma vez que o glutamato tem sido associado à depressão. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos neuroquímicos e comportamentais da lamotrigina como antidepressivo em ratos Wistar.

A lamotrigina é rapidamente e completamente absorvida pelo intestino, sem significativo metabolismo de primeira passagem. O pico de concentração plasmática ocorre aproximadamente 2,5 horas após a administração oral da droga.

A causa exata do transtorno afetivo bipolar é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina.

Não. Deve-se manter o uso da medicação antiepiléptica mesmo ao ingerir bebida alcoólica. A bebida alcoólica é fator que desencadeia crises epilépticas. Se for feita pausa na medicação antiepiléptica, os níveis do remédio no sangue diminuirão, o que também facilita a ocorrência de crises epilépticas.