Quem teve eclâmpsia pode ter parto normal?

Perguntado por: otaveira2 . Última atualização: 7 de maio de 2023
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Pode ser via parto normal se a mãe estiver com dilatação total ou, se ela estiver no início do trabalho de parto, a indicação é a cesárea”, explica.

Um parto imediato reduz o risco de complicações para a mulher e para o feto. O parto é recomendado caso gravidez já tenha durado no mínimo 34 semanas e um diagnóstico de pré-eclâmpsia grave é feito.

“A pressão alta da gestante pode causar danos à saúde do bebê porque aumenta o risco de descolamento precoce da placenta, e o crescimento do bebê em formação pode ficar restrito pela insuficiência placentária”, alerta a Dra. Camilla Gatto, obstetra da Maternidade Brasília.

É válido ressaltar que a hipertensão na gravidez não é um indicativo de cesariana e é possível induzir o parto normal se for necessário.

Quais os riscos da pré-eclâmpsia para o bebê? A pressão alta na gravidez diminui o fluxo de sangue para o bebê. Habitualmente, ele pode apresentar retardo no crescimento, displasia bronco pulmonar e morte. Dependendo do grau de pressão alta, o parto pode ser antecipado e o bebê nascer prematuro.

Sequelas. As mulheres que tiverem complicações com a pré-eclâmpsia podem desenvolver, a curto prazo, síndrome de HELLP, eclâmpsia e descolamento da placenta. Já a longo prazo, a paciente tem maior risco de ataque cardíaco, AVC, doença cardiovascular, doença renal e pressão alta.

A eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg após a 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Outras causas, como excesso de proteína na urina ou insuficiência hepática contribuem para o diagnóstico de pré-eclâmpsia.

No entanto, o risco de sofrer da mesma numa segunda gravidez é muito mais baixo do que na primeira. Portanto, o facto de ter sofrido anteriormente de pré-eclampsia não é critério para desaconselhar uma nova gravidez, tendo em conta a necessidade de um cuidado pré-natal oportuno e periódico.

A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação. Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

A única cura para a pré-eclâmpsia é dar à luz. No entanto, mesmo após o parto, os sintomas podem permanecer por mais algumas semanas, o que motiva um cuidado especial às mães que vivenciam o problema, no momento do parto e no puerpério.

É considerada característica da pré-eclâmpsia a pressão superior a 140/90 mmHg (14 por 9) ou um aumento acima de 3cm na pressão máxima (sistólica) e de 1,5 cm na mínima (diastólica), ainda que não sejam alcançados os 14 por 9.

Dormir do lado esquerdo é melhor porque não faz pressão sobre os órgãos internos e promove um fluxo sanguíneo saudável, diz o Dr. Somers. “Quando você está no terceiro semestre da gravidez e você dorme de costas, o útero comprime a veia cava inferior.

Durante a gravidez, uma mulher que tenha normalmente 11 por 7, será considerada hipertensa se a máxima subir para 14 e a mínima alcançar 8,5, porque houve um aumento de 3 cm na máxima e 1,5 cm na mínima.

Saiba se a gestante pode escolher o parto
Como mencionamos, a vontade da gestante deve ouvida pelo médico. De acordo com a resolução Nº 2.144/2016 do Conselho Federal de Medicina (CFM), a mãe pode escolher o tipo de parto, durante as consultas pré-natal.