Quem tem que provar a demissão?

Perguntado por: aaraujo . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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PEDIDO DE DEMISSÃO. ÔNUS DA PROVA. A Súmula 212 do Tribunal Superior do Trabalho, diz que "o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado".

Assim que avisar a empresa, o funcionário tem que entregar para o departamento de Recursos Humanos uma carta de pedido de demissão. Além da carta de demissão ter que ser escrita à mão, nela deve constar se o funcionário cumprirá o aviso prévio ou não.

ÔNUS DA PROVA. É do reclamante o ônus de provar os atos faltosos praticados pelo empregador de forma a autorizar o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho prevista no art. 483 da CLT .

O ônus da prova da dispensa por justa causa é do empregador, consoante dispõe o art. 818 da CLT . Trata-se de fato impeditivo do direito do autor às verbas rescisórias, que deve ser provado pela empresa (art. 373 , II , do NCPC ).

A quem incumbe o ônus da prova? De acordo com o art. 373 do CPC, o ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

A maioria dos processos trabalhistas ganhos na justiça é em favor do trabalhador. Segundo uma pesquisa do Insper, noticiada pelo jornal Gazeta do Povo em junho de 2018, 88,5% dos casos do TRT da 2ª Região (SP) foram integralmente ou parcialmente favoráveis ao trabalhador.

Sua ação ficará sob sigilo
Atualmente, uma empresa não tem acesso se um profissional está movendo uma ação trabalhista. Entretanto, ela consegue somente identificar se o trabalhador está sendo processado, ou seja, é réu em alguma ação, mas não o contrário.

Tanto o empregador quanto o colaborador podem solicitar o desligamento da empresa, por diversos motivos. Por conta dessas diferentes circunstâncias, os direitos trabalhistas variam de caso a caso.

A área de RH tem um papel importante nesse processo, mas ela não demite pessoal de outras áreas. Demitir não “é lá com o RH”; é responsabilidade de cada gestor no que diz respeito a seus subordinados.

Portanto, quando o empregado, comunicado por meio do aviso prévio pelo empregador, se recusa a assinar, cabe ao empregador solicitar que, no mínimo, duas testemunhas presenciem a comunicação da demissão e atestem, por meio de assinatura no documento, tal procedimento.

Já no caso do exame demissional, caso o colaborador não faça, além de descumprir uma obrigatoriedade legal, perderá a chance de ser indenizado caso tenha adquirido alguma doença durante o período do contrato. Portanto, o exame demissional vem como um importante balanço tanto para a empresa quanto para o funcionário.

E o que eu perco ao pedir demissão? Quando o trabalhador pede demissão, o mesmo perde o direito de receber os valores depositados em sua conta do FGTS, a multa dos 40% também do FGTS, além de perder o direito ao recebimento do seguro-desemprego.

Também não será necessário passar por esse exame, o empregado que for dispensado por justa causa. A empresa que deixar de informar ao e-Social, Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), será penalizada com multa que varia entre R$ 402,53 a R$ 4.025,33.

É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015)."

Quando um funcionário abusa da confiança do empregador, agindo com desonestidade ou má-fé, cometendo um furto ou uma fraude — como adulteração de documentos —, por exemplo, essa ação caracteriza improbidade. Nesse caso, quando comprovado o ato ilícito, o empregador pode seguir o processo de demissão por justa causa.

Demissão por Justa Causa: O Guia Completo do Trabalhador 2023. A demissão por justa causa é a forma de demissão mais prejudicial para o empregado, pois ao ser aplicada, ela veda o trabalhador do direito de sacar o FGTS, de dar entrada no seguro-desemprego, entre outras verbas rescisórias.

A Justiça do Trabalho tem uma taxa entre 70% a 80% de reversão de dispensa por justa causa, e essas reversões condenam as empresas a readmitir os funcionários ou a pagar as indenizações próprias de dispensas sem justa causa.

Prova, no direito processual, corresponde a todo elemento que contribui para a formação da convicção do juiz a respeito da existência de determinado fato controvertido, tido como relevante para a solução do litígio. A prova tem a finalidade de demonstrar a veracidade ou não dos fatos e convencer o juiz.

Toda prova deve ser valorada (apreciada): o juiz deve valorar todas as provas produzidas no curso do processo, mesmo que para refutá-la. Validade das provas: Desde que lícitas e legítimas, todas as provas presentes no processo são válidas.

Se as partes produziram as provas, mas o juiz não demonstra que as considerou em seu pronunciamento, a decisão será nula por ofensa ao contraditório e vício de fundamentação. Ou seja, o magistrado não pode julgar com base em uma determinada prova sem deixar claro o porquê de ter optado por esta e não pelas outras[23].

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não estabelece um limite legal para a fixação da porcentagem em cima do valor de cada ação. No entanto, esse valor costuma estar entre 20% e 30% do valor da causa, a depender do acordo que houver entre advogado e cliente.