Quem tem NIC 3 tem que fazer quimioterapia?

Perguntado por: rmarinho . Última atualização: 27 de fevereiro de 2023
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Se o seu médico descobriu uma NIC III no seu útero – também chamada de carcinoma in situ -, não se desespere! Nem sempre esse tipo de lesão evolui para um câncer. Mesmo assim, tenha cuidado. Todas as lesões desse tipo devem ser tratadas assim que forem descobertas.

A duração da NIC 2 foi 2,2 anos e da NIC 3 foi 10,3 anos, sendo 4,1 anos como displasia grave e 6,2 anos como carcinoma in situ (CIS).

De modo geral, quanto maior o grau de NIC, maior a probabilidade de progressão; é importante destacar, no entanto, que em muitos casos até mesmo lesões de alto grau não evoluem para o câncer, e podem até regredir.

NIC 3 é um neoplasia intraepitelial de alto grau, também chamada de carcinoma “in situ”. NIC 3 é uma lesão pré-cancerígena, é uma lesão que se NÃO tratada adequadamente pode ser tornar um câncer. As lesões de NIC 3 tem tratamento simples.

Como é feita a cirurgia
Durante o exame, a mulher é colocada em posição ginecológica e o médico coloca o espéculo para observar o colo do útero. Depois, usando um pequeno laser ou um aparelho semelhante a um bisturi, o médico retira uma amostra de cerca de 2 cm, que será analisada em laboratório.

As lesões de NIC 3 tem uma probabilidade de recorrência maior do que uma NIC 2 ou NIC 1 persistente.

Cerca de 10% dos infectados apresentam a lesão que mais tarde evolui para a lesão pré-cancerosa, podendo ser dividida em diferentes graus que evoluem gradativamente. Dessa maneira, quando uma pessoa manifesta a ferida, pode levar de 5 a 10 anos para o câncer se desenvolver de fato.

Quais são os sintomas da infecção pelo HPV ou da NIC (neoplasia intra-epitelial cervical)? A infecção pelo HPV ou NIC geralmente não apresenta sintomas, algumas pessoas desenvolvem verrugas genitais e outras lesões na vulva, vagina, colo do útero e ânus que se não tratadas podem evoluir para câncer do colo do útero.

Na Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III (NIC III) – Alto Grau, o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. A coilocitose, alteração que sugere a infecção pelo HPV, pode estar presente ou não.

As lesões ditas de alto grau, NIC 2 e NIC 3, são precursoras do câncer de colo do útero. Após este diagnóstico, é indicado de avaliação do colo uterino com exame de colposcopia e biópsia. Posteriormente, se define a necessidade de tratamento cirúrgico.

Quando em fases mais avançadas, o câncer do colo uterino apresentará alguns sinais e sintomas, em geral decorrentes do crescimento e espalhamento do tumor na pelve. Os principais sintomas de doença localmente avançada são os mesmos descritos acima para tumores iniciais, bem como a dor para ter atividade sexual.

A neoplasia intra-epitelial perianal e anal grau III é lesão precursora do carcinoma escamoso do ânus. Pode estar associada com NIC e/ou NIV e tem como agente causal o HPV17.

Os sintomas de câncer no colo do útero incluem sangramento vaginal, dores locais, corrimento vaginal e outros. Nesses casos, a presença de sintomas pode indicar casos já avançados, necessitando de auxílio profissional para avaliação e tratamento.

Os tipos 16 e 18 são os mais perigosos e estão relacionados com 70% dos casos de câncer do colo do útero.

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença.

Quando se identifica uma lesão de alto grau no colo tem-se como objetivo removê-la. Para isso é utilizado um procedimento chamado exérese da zona de transformação que também é conhecido por CAF, conização, cone, LEEP e LLETZ.

Causa e diagnóstico
Normalmente, o oncócito é gerado pela infecção do Papilomavírus, chamado de HPV, que é o Papilomavírus Humano.