Quem tem epilepsia têm quantas crises?

Perguntado por: mpinho . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Para ser diagnosticado com epilepsia, o paciente deve apresentar algum dos três quadros seguintes: crises epilépticas mais de duas vezes, separadas por um intervalo de 24 horas; uma crise, com probabilidade maior de 60% de apresentar uma segunda crise em 10 anos; uma síndrome epiléptica bem definida.

Os principais fatores desencadeantes das crises de epilepsia em adultos são: o estresse emocional, mas também condições de desequilíbrio metabólico como a hipoglicemia, hipóxia ou hiponatremia – baixo açúcar no sangue, baixa concentração de oxigênio no sangue e baixo nível de sódio no sangue, respectivamente.

Simples: Quando não há perda de consciência. Esse tipo de crise pode provocar alterações no cheiro, sabor ou som, movimentos involuntários em determinadas partes do corpo e sintomas sensoriais, como tontura e formigamento; Complexas: Quando há alguma mudança ou perda de consciência.

De acordo com a classificação mais recente da Liga Internacional contra a Epilepsia, um paciente é considerado curado se está há mais de 10 anos sem crises epilépticas e nos últimos 5 anos desse período ficou sem medicamentos para epilepsia.

O paciente com epilepsia não pode ter uma vida normal
E, mesmo quando a cura não é possível, as crises epilépticas podem ser bem controladas com o tratamento adequado. Nesses casos, é possível ter uma vida normal, podendo trabalhar, estudar, dirigir, praticar esportes etc.

Lúpus e epilepsia podem ser incluídas no rol de doenças para aposentadoria por incapacidade.

Se o portador de epilepsia restar incapacitado para o labor ou para atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, poderá requerer o auxílio-doença (auxílio por incapacidade temporária) diretamente na autarquia previdenciária, nos termos dos artigos 59 ao 64 da Lei de Benefícios.

Quem sabe que é epiléptico pode prevenir as crises fazendo uso correto do medicamento. Não ingerir bebidas alcoólicas, evitar o jejum prolongado e a privação de sono são fatores importantes para impedir casos futuros de crise epiléptica.

A epilepsia é um quadro complexo, que vai além das convulsões. Ela pode causar danos cerebrais irreversíveis, especialmente quando o cérebro está em maturação. Mesmo quando as convulsões são controladas ou ausentes, a epilepsia causa alterações cognitivas persistentes e déficits intelectuais globais.

O portador de epilepsia bem controlada pode fazer tudo que qualquer um faz: estudar, trabalhar, praticar esportes, namorar, constituir família... Apenas deve evitar o que favorece crises, como privação de sono, luzes estroboscópicas – utilizadas em danceterias – e uso de álcool, mesmo durante o tratamento.

Mas a notícia boa é que [quem é acometido por crises de epilepsia] não corre um risco maior do que a população em geral. A preocupação maior que se deve ter é em manter a cabeça em ordem, cuidar da saúde mental. Nos pacientes com epilepsia isso é fundamental para não ter piora com ansiedade e estresse.

A maioria das pessoas com essa enfermidade tem uma vida normal. Para alguns pacientes, porém, o risco de morte pode ser aumentado devido à falta de controle das crises. Os fatores relacionados a esse evento são problemas de saúde como AVC, tumor, queda e trauma decorrentes de acidentes durante uma crise convulsiva.

Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia.

Conforme a publicação "Saúde, Ética e Justiça", da Universidade Federal de São Paulo (USP), a epilepsia somente pode ser considerada como incapacitante quando limitar substancialmente uma ou mais atividades básicas da vida diária, que a média de pessoas pode realizar com pouca ou nenhuma dificuldade, como: andar, ...