Quem tem epilepsia pode ficar sozinho?

Perguntado por: ebarbosa . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
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De acordo com a proposta, para ter direito a um acompanhante o paciente deve ter laudo médico que comprove o quadro de epilepsia.

Estima-se que a presença de transtornos mentais em pacientes portadores de epilepsia esteja entre as taxas de 30% a 70% dos casos.

Os principais fatores desencadeantes das crises de epilepsia em adultos são: o estresse emocional, mas também condições de desequilíbrio metabólico como a hipoglicemia, hipóxia ou hiponatremia – baixo açúcar no sangue, baixa concentração de oxigênio no sangue e baixo nível de sódio no sangue, respectivamente.

A epilepsia retratada ao longo da história
Na Bíblia encontramos duas descrições de pessoas com epilepsia. Uma está em Marcos 9:14-29 que nos conta o tratamento de um menino que foi trazido por seu pai a Jesus, passagem imortalizada nos célebres quadros de Rafael e Rubens da Transfiguração de Cristo.

Os pacientes com mais tempo de epilepsia apresentam maior área do cérebro comprometida, o que demonstra que a doença provoca um aumento gradativo de atrofias e prejuízos cognitivos, conforme progride.

Entretanto, em pacientes com Epilepsia, o estresse pode atuar como um gatilho, um desencadeador de crises. Em outras palavras, o estresse pode precipitar uma crise em indivíduos que tem epilepsia. Trata-se de um importante gatilho.

Foi apresentado no Senado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) o PL 2.472/2022, que inclui o lúpus e a epilepsia na lista de doenças dispensadas do prazo de carência para concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por incapacidade, concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

O valproato de sódio foi a melhor opção de todos os remédios para conseguir controle e remissão das convulsões tônico-clônicas generalizadas.

Além disso, quando a pessoa apresenta convulsões epilépticas generalizadas que causam perda abrupta da consciência, enrijecimento do corpo, tremores generalizados, perda do controle da bexiga ou mordida na língua, são chamadas de epilepsia tônico-clônica e é considerada o tipo mais grave de epilepsia.

Existem duas formas de detectar uma convulsão. Em uma delas, é possível ler o sinal cerebral e perceber a assinatura elétrica que ocorre antes de ela acontecer. Outra forma é monitorar as convulsões por um determinado período e identificar um padrão.

Crises convulsivas – as mais perigosas e urgentes
Conhecida na medicina como crise tônico-clônica, as convulsões fazem com que a pessoa de repente, ou com aviso prévio (como por exemplo, a aura), perca o controle do corpo. Assim, parte da musculatura do corpo passa a ter movimentos involuntários.

Ter mais de três episódios convulsivos durante um ano já eleva o risco de morte súbita em mais de 50%. “Nos momentos seguintes ao quadro, regiões neurais que regulam a respiração não funcionam direito e a falta de oxigênio leva ao óbito”, completa o expert.

Estudos têm mostrado que alguns polifenóis podem apresentar atividade anticonvulsivante em modelo animal de epilepsia. A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta rica em polifenóis, compostos com reconhecido potencial antioxidante.

Os pacientes não podem ingerir frutas ou legumes ricos em amido; pães, massas ou grãos; ou fontes de açúcares simples. A preparação de alimentos deve ser cuidadosa, prestando muita atenção na seleção, pesagem e cozimento de cada refeição ou componente dietético.

A epilepsia é considerada curada quando o paciente está há mais de 10 anos sem qualquer tipo de crise epiléptica e está há pelo menos 5 anos sem medicações para epilepsia.

Após o episódio de epilepsia é normal sentir sonolência, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os sintomas de epilepsia muitas vezes ocorrem sem aviso e, podem ocorrer de dia ou durante o sono, podendo afetar pessoas de todas as idades, desde bebês até idosos.

Alguns grupos religiosos podem compreender as manifestações da epilepsia como sinais de um problema espiritual. Os espíritas kardecistas interpretam as crises como fruto da ação de obsessores desencarnados, alguns protestantes evangélicos podem entender a doença como decorrente da ação de demônios.

Ainda não se sabe completamente o que causa a epilepsia, porém, pode ter origem de ferimentos sofridos na cabeça, recentes ou não, traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas. O tratamento pode ser feito através de medicação.

Sintomas após uma convulsão
Em algumas pessoas, após uma convulsão, ocorre fraqueza num lado do corpo que dura mais do que a própria convulsão (uma doença denominada paralisia de Todd). A maioria das pessoas não se lembra do que aconteceu durante a convulsão (um quadro clínico chamado de amnésia pós-ictal).

O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada, lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre repentinamente.