Quem tem depressão tem problema de memória?

Perguntado por: hsantos3 . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Queixas de memória são frequentes em pessoas com depressão e podem estar relacionadas à avaliação negativa que o indivíduo faz de si mesmo, à diminuição de interesse e motivação, bem como às alterações de atenção e concentração que ocorrem neste quadro.

A diminuição da velocidade de raciocínio está entre os sintomas da depressão. Isso porque pessoas deprimidas ficam com o pensamento mais lento e demoram mais para entender algo. Em muitos casos, elas se perdem em suas próprias falas e ideias. A sensação é de que existe uma neblina mental atrapalhando seus pensamentos.

Com o acúmulo de “recalque” no psicológico , o indivíduo depressivo tem um elevado estresse e por qualquer motivo ou causa chega no que chamamos de limite. O estresse está relacionado diretamente com a ansiedade e a falta de paciência.

Os estudos avaliados sugerem uma importante associação entre a depressão e a Doença de Alzheimer. Embora a mesma ainda não esteja completamente elucidada, constatou-se que a depressão vista como um fator de risco para o desenvolvimento de DA é a teoria mais aceita atualmente.

Aqui estão os diferentes tipos de depressão que são mais comuns.

  • Depressão maior. A depressão maior é o tipo mais grave de depressão. ...
  • Distimia. Entre os tipos de depressão, a distimia é menos grave que a depressão maior. ...
  • Depressão ansiosa. ...
  • Depressão Psicótica. ...
  • Depressão pós-parto.

A depressão afeta o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal. Essas três regiões do cérebro respondem por funções importantes, como o processamento da memória, aprendizado, concentração e cognição.

As dosagens das vitaminas, como D e B12, e as provas da função tireoidiana são os exames recomendados para estes casos”, explica o diretor-médico da Unimed Laboratório e também endocrinologista Mauro Scharf.

«E, embora as pessoas não mudem de personalidade, podem ter alguns ajustamentos, ficam mais vulneráveis, menos confiantes e com um olhar pessimista perante a vida e, nesses casos, a depressão pode arrastar-se durante vários meses e, até, tornar-se crónica», alerta o especialista.

Uma depressão não tratada pode gerar graves consequências físicas, mentais, emocionais e comportamentais, como: aumento da probabilidade de comportamentos de risco, problemas de saúde, predisposição para o consumo de drogas, álcool entre outros.

A depressão, por exemplo, pode fazer com que pacientes tenham dificuldades de memória, assim como o hipotireoidismo. Doenças associadas ao envelhecimento, como a demência e o Mal de Alzheimer, também são comumente associadas à perda de memória, já que esse é um de seus sintomas clássicos.

A sensação que um indivíduo tem durante um surto depressivo, segundo o psiquiatra, é de dificuldade em processar informações e agir, como se o cérebro não estivesse funcionando muito bem. Ao longo do surto o corpo também sofre outros tipos de alterações, como o aumento na produção de cortisol.

Dentro da depressão, ela pode ser manifestada de diversas maneiras, como mediante a alucinações de qualquer tipo, desde delírios até dificuldade de conseguir diferenciar o que é real do que não é (como ver ou ouvir coisas que os outros não vêem ou ouvem, por exemplo).

A ordem de ocorrência dos sintomas ajuda a distinguir depressão de demência. Pessoas com depressão dramatizam as suas dificuldades, apresentam pouca motivação para desempenhar tarefas antes rotineiras, têm perda de memória a longo prazo, e esse quadro clínico é gradual.

Os pacientes com Alzheimer podem sentir emoções mesmo que, por causa da doença, tenham esquecido o motivo que as causou, segundo estudo coordenado por Edmarie Guzmán-Vélez e publicado na revista Cognitive and Behavioral Neurology.

Existem muitas possíveis causas da depressão, incluindo falta de regulação do humor pelo cérebro, vulnerabilidade genética, eventos estressantes da vida, medicamentos e problemas médicos.

Começo da depressão: quais os primeiros sinais? O início da depressão pode ser muito variado, dependendo da personalidade, temperamento, eventos que desencadeiam a doença, gênero e idade de cada pessoa. Os sinais frequentes mais comuns são: tristeza, falta de vontade, interesse e pensamento de ruína.

Esses fatores aparecem porque a ansiedade impossibilita que o cérebro se desconecte durante a noite. Assim, ao tentar dormir, a mente fica em estado de alerta, focada nos medos e estresse. Essa condição impede que o organismo inicie as fases do sono ou as atrapalha.