Quem tem ansiedade pode ter burnout?

Perguntado por: adias . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Embora seja menos investigada, a ansiedade é outro transtorno mental que apresenta manifestações clínicas que se sobrepõem à Síndrome de Burnout.

A síndrome de burnout atinge principalmente pessoas que se dedicam muito à vida profissional e, por acharem que o seu trabalho não é devidamente reconhecido ou valorizado, se sentem frustradas.

Cansaço excessivo
O cansaço físico e mental é um dos sintomas mais comuns do esgotamento emocional. Com a Síndrome de Burnout, o paciente sente como se não tivesse energia para nada.

Além de procurar um especialista, é possível minimizar os sintomas do burn-out por meio de técnicas de relaxamento. A técnica mindfulness de meditação, por exemplo, ajuda a enfrentar as situações com mais paciência e sem julgamentos. Fazer atividades relaxantes, como yoga, também é um complemento ao tratamento médico.

Necessariamente relacionado ao trabalho, o burnout é um transtorno que se desenvolve gradualmente por conta de desajustes entre o trabalho e o indivíduo. Ele afeta homens e mulheres que vivem situações de estresse constante ou prolongado no ambiente de trabalho.

Embora seja comumente confundida com episódios e tendências depressivas, é importante lembrar que não se pode dissociar totalmente a depressão do Burnout uma vez que, mesmo sendo condições diferentes, o Burnout, quando não identificado ou devidamente tratado, pode resultar em quadros de depressão profunda.

Os entrevistados foram questionados a respeito dos três pilares da Síndrome Burnout (exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional).

O MBI tem sido o inventário mais utilizado mundialmente em pesquisas para a avaliação do burnout, confundindo-se com a definição da síndrome, em que se difundiu a tridimensionalidade composta por: exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização pessoal no trabalho.

A Síndrome de Burnout é um transtorno de cansaço extremo associado ao trabalho e são diversos os fatores que podem desencadear esse esgotamento físico e emocional. Dentre eles, podemos destacar a sobrecarga de funções, o não reconhecimento por parte dos superiores e a falta de autonomia no desempenho das tarefas.

Devido à natureza psicossocial da burnout, a aposentadoria poderá ser justificada também com receituário médico para os sintomas vinculados à síndrome.

Exemplos de doenças clínicas que podem resultar de um quadro pós burnout são os transtornos de ansiedade e a depressão. Além disso, alguns sentimentos podem continuar frequentes, como o estresse. Devido à negligência em relação aos momentos de descanso e lazer, há também impactos nos relacionamentos.

Estresse refere-se a um esgotamento pessoal que interfere na vida do individuo, mas não necessariamente na relação com o trabalho. Burnout é uma síndrome que envolve atitudes e condutas negativas com os usuários, clientes, organização e trabalho.

Todos os profissionais têm dias de desânimo com o trabalho. Isso é totalmente normal! No entanto, existem algumas situações de desânimo mais intensas e que podem acabar levando ao burnout.

Dessa forma, a Síndrome de Burnout pode ser identificada por situações extremas de trabalho que se manifestam de maneira lenta ou rápida, dependendo do paciente. Por exemplo, situações muito estressantes e com muita cobrança e pressão podem esgotar mentalmente uma pessoa em poucos dias, ou também pode levar meses.

transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho, tendo como agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional o Ritmo de trabalho penoso (CID10 Z56. 3) e Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (CID10 Z56. 6).

Além da Terapia Cognitivo Comportamental – TCC, em casos mais graves, o psiquiatra pode recomendar o uso de ansiolíticos ou mesmo antidepressivos, com o objetivo de ajudar a superar as ideias e sensações de incapacidade e inferioridade, para ganhar novamente a confiança em si mesmo.

O tratamento é realizado basicamente com psicoterapia, podendo incluir o uso de medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos), com os primeiros resultados aparecendo entre um e três meses. Entretanto, pode levar mais tempo, conforme cada caso.