Quem se beneficia com a destruição da Amazônia?

Perguntado por: aesteves . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Quem se beneficia com a destruição da Amazônia? brasileira. Do Sul seguem investimentos e mercadorias. Do Norte vêm matérias-primas, energia e outros produtos essenciais à sobrevivência da maior cidade do país.

O interesse dos países europeus pela Amazônia é compatível com a soberania do Brasil. Não há contradição entre a responsabilidade que o País tem de proteger a floresta – prevista na Constituição – e a preocupação da comunidade internacional na preservação dessa área vital para o planeta.

No caso da Amazônia, que é a maior floresta tropical do planeta, seu crescente desmatamento pode provocar um considerável aumento das doenças zoonóticas — de origem animal, como a COVID-19 — com graves consequências para a saúde humana.

Os benefícios indiretos vêm na forma de atividades de processamento, transporte e comercialização, custo reduzido de obtenção de proteínas, geração de divisas estrangeiras e redução da taxa de câmbio, dessa forma permitindo a importação barateada de máquinas, equipamentos, matérias e bens de consumo importados.

A fiscalização é feita de forma presencial pelo Ibama, que precisa chegar ao local por terra ou pelo ar. Com a dificuldade de acesso, a falta de investimento e as equipes reduzidas, nem sempre os agentes chegam a tempo de identificar os responsáveis pelo desmatamento.

“Na própria Amazônia, haveria uma crise hídrica da água, o colapso da produção de agrícola e pesqueira, tornando a vida da população essencialmente inviável. Isso aumentaria enormemente as taxas de mortalidade e movimentos migratórios”, explica Mariana Vale.

Para a saúde humana, os benefícios de florestas envolvem purificar a água, limpar o ar, capturar carbono para combater a mudança climática, fornecer alimentos, medicamentos e melhorar o bem-estar.

Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) no Brasil vivem na região amazônica ou na/da floresta. Na Amazônia, a extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas.

Sabe-se que, em um só hectare da floresta, existem cerca de 500 espécies de plantas e vivem 50 mil de animais e microorganismos diferentes. Isso é um campo vasto e fértil para a pesquisa científica e também para a cobiça.

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas, seja responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de empregos. Minerais encontrados na Amazônia: ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, nióbio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.

Os países europeus estão bem conscientes da importância das florestas tropicais na luta contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, e os governos de todo o continente salientam que esta relevância pode motivar novas contribuições para o Fundo da Amazónia.

Com a diminuição das chuvas, o plantio e a criação de gado ficam comprometidos, e as perdas econômicas podem chegar a R$ 5,7 bilhões por ano até 2050, segundo o levantamento.

O programa Floresta + é destinado à valorização de quem preserva e cuida da floresta nativa brasileira. Num primeiro momento, o programa vai destinar mais de R$ 500 milhões, do Fundo Verde do Clima, para remunerar quem preserva, conserva e recupera a natureza na Amazônia Legal.

Causas do desmatamento na Amazônia
O desmatamento na Amazônia se tornou o principal problema ambiental desse bioma, que abriga a maior floresta equatorial do mundo e possui a maior biodiversidade do planeta, com milhões de espécies de plantas e animais, algumas delas ainda não catalogadas.

Resumo: Os benefícios diretos da floresta são os seus produtos úteis ao homem, como madeira, resinas, óleos essenciais (caso das folhas de Eucalyptus citriodora ou dos troncos de pau-rosa), plantas medicinais, frutos e mel.