Quem são os personagens do livro Quarto de Despejo?

Perguntado por: lmonteiro . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Personagens principais

  • Carolina Maria de Jesus: Autora dos diários e personagem principal. É uma mãe solteira que trabalha como catadora de lixo e metal para sustentar sua casa e comprar comida para si e para seus filhos. ...
  • Vera Eunice: Filha de Carolina.
  • João José: Filho de Carolina.
  • José Carlos: Filho de Carolina.

Quarto de despejo é um livro marcado pelo retrato sem retoques de uma realidade de miséria e de descaso social. O cotidiano da favela é descrito de uma forma particularizada, tão particularizada que só poderia ter sido feita por alguém que lá vivia.

O livro é pertinente ao contexto do final da década de 1950 e início de 1960. Neste período, o País assiste à tomada de consciência do contraste entre o processo de modernização econômica e a reprodução massiva de desigualdades sociais. Ecos desse quadro histórico são identificáveis na trajetória da escritora.

Defendia educação de qualidade, moradia, emprego e reforma agrária”. A escritora ao lado de Leonel Brizola, em 1961. Correio da Manhã. O retumbante sucesso de Carolina de Jesus não se estendeu por muito tempo.

O que é resumo de livro? O resumo de forma geral é uma forma mais objetiva e concisa de apresentar as ideias de um texto específico. O resumo de um livro é, por consequência, uma apresentação das ideias de um livro de forma mais breve. É por isso que se diz que o resumo é um gênero textual expositivo.

Após ser acusada de roubo junto com sua mãe – fato que a levou à prisão até que se descobrisse que não havia roubo algum – e posteriormente à morte dela, Carolina rompeu com sua vida no interior de Minas Gerais e se mudou para São Paulo.

O título, quarto de despejo, vem do raciocínio da autora: as favelas são o quarto de despejo das cidades, lugar onde os pobres, favelados, criminosos e indesejáveis pela elite são amontoados, ignorados, deixados à própria sorte.

Teve um grande reconhecimento quando lançou seu primeiro livro e atraiu atenção de autores importantes, como Clarice Lispector. Era a favela na literatura, representada por um mulher negra que lá vivera.

Para Carolina de Jesus a favela não é parte da cidade, mas sim uma úlcera na mesma. Por mais que o cenário e as perspectivas com relação às favelas mudem, elas ainda seguem em sua condição de degradação do sujeito.

Quarto de despejo narra fatos ocorridos entre 1955 e 1959. O livro é um diário e, por isso, apresenta cunho autobiográfico. O diário mostra a realidade social dos moradores da favela do Canindé.

As favelas paulistas eram diferentes das do Rio de Janeiro, mas se assemelhavam enquanto promessas de abrigo da pobreza, da violência e do descaso governamental. Ainda que Carolina se considerasse uma favelada, ela mesma também se situava como uma pessoa isolada daquela realidade, dos vizinhos ou grupos dali.

Como o gênero de diário literário é visto em Quarto de despejo. No trecho em questão, percebe-se a subjetividade, visto que a autora fala de seus sentimentos a partir da possibilidade de ter perdido um dos filhos.

Favela, o quarto de despejo de uma cidade
O livro relata a amarga realidade dos favelados na década de 1950: os costumes de seus habitantes, a violência, a miséria, a fome e as dificuldades para se obter comida.

A extinta Canindé era uma favela com barracos construídos sobre a lama. Na favela, a família sofria todos os tipos de carência. “Sonhei que eu residia numa casa residível [sic], tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto de criada.

O pai de Augusto, achando que isso estava atrapalhando seus estudos, proíbe o filho de visitar Carolina. Depois de um tempo distantes, Augusto volta a Ilha para se declarar a Carolina. Mas ela o repreende por estar quebrando a promessa feita a uma garotinha há anos atrás.

O enredo se constitui basicamente do reencontro de Augusto e Carolina que, aparentemente, se apaixonam à primeira vista. Entretanto, ele se angustia devido a uma promessa de amor feita na infância. O conflito é resolvido quando Augusto descobre que foi a Carolina que fez o juramento.