Quem são os criollos e os chapetones?

Perguntado por: efreitas4 . Última atualização: 19 de maio de 2023
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A estrutura social da América Espanhola colonial estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo; criollos (filhos de espanhóis que nasceram na América e não detinham os mesmos privilégios que os chapetones) no centro; e índios, mestiços e afrodescendentes na base da pirâmide.

Chapetones: eram a elite colonial, controlavam a colônia e ocupavam os altos cargos administrativos. Criollos: vinham logo abaixo. Eram os filhos dos espanhóis nascidos na colônia e integravam a nobreza, sendo, ainda, grandes latifundiários. Negros e índios: estavam na base da pirâmide social.

Os chapetones eram os que ocupavam as mais privilegiadas posições na sociedade colonial hispânica. Em geral, representavam o interesse político-administrativo da Coroa Espanhola em terras americanas.

Os Chapetones foram os cidadãos que nasciam na Espanha, mas que moravam no continente americano, enquanto os Criollos foram os descendentes de espanhóis que já nasciam no Novo Mundo, longe do país espanhol. Os dois termos, tanto Chapetones como Criollos, representam duas diferentes organizações das colônias espanholas.

Os chapetones eram colonos criados na Espanha, porém, viviam na América, ocupavam os principais cargos administrativos, militares e religiosos, também representavam o interesse político-administrativo da Coroa Espanhola nas terras do continente americano.

Os criollos queriam o aumento de poder e uma maior autonomia, desejam (assim como a elite brasileira da época em relação ao Brasil) uma emancipação de sua metrópole para ampliar ainda mais sua influência e domínio regional, domínio esse que costumava ir de encontro com os interesses da coroa espanhola.

Os criollos formavam uma elite nascida em solo americano que, por determinação da administração colonial, não usufruíam dos mesmos privilégios políticos da classe chapetone. Esse tipo de separação causou grandes conflitos entre criollos e chapetones na América espanhola.

Divisão da América espanhola
A América teve sua divisão de acordo com os interesses econômicos e com as realidades que os espanhóis enfrentavam. Todos os territórios americanos foram divididos em vice-reinados e capitanias gerais.

Os "cabildos", ou conselhos municipais, eram a unidade fundamental do governo local na América espanhola colonial, diz a Enciclopédia Britannica. Era a instância responsável pelos aspectos mais ordinários do governo municipal, como policiamento, impostos e a administração da Justiça.

A divisão dos cabildos era feita da seguinte forma: Alguaciles: mantinham a ordem pública, executavam mandatos judiciais e eram responsáveis pela segurança dos cidadãos. Alferes: encarregavam-se de transportar a bandeira ou estandarte do exército. Regedores: variavam em número, entre 25 e 30.

A população era formada por brancos (senhores de engenho), índios catequizados, negros africanos escravizados e mestiços. A sociedade colonial brasileira foi constituída em um modelo patriarcal, onde o homem não era somente o chefe de família, mas também o dono de tudo.

Entre os mais interessados nessa transformação estavam os criollos, integrantes da elite econômica que não participavam do poder político por não terem nascido na Espanha. Esses, influenciados pelo iluminismo, defendiam a extinção do pacto colonial como meio de desenvolvimento da colônia.

Os escravos, quilombolas e negros livres passaram a lutar contra a escravidão e pela independência da colônia.

Os Criollos formavam uma forte elite econômica e também podiam assumir cargos políticos. Eles se motivaram a uma rebelião por conta de Napoleão ter prendido o Rei da Espanha Fernando VII. Também instituíram o Sistema Republicano, que era o governo trocado de 4 em 4 anos escolhido por meio do "voto".

Resposta: Os Criollos eram os brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis.