Quem são Bruno e dom?

Perguntado por: dandrade . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Em 5 de junho de 2022, o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados durante uma viagem pelo Vale do Javari, segunda maior terra indígena do Brasil, no extremo-oeste do Amazonas.

As investigações apontam que o assassinato de Bruno e Dom está relacionado com a pesca ilegal, principalmente do pirarucu, com os denunciados pertencendo a um grupo que costuma invadir o território indígena do Vale do Javari.

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram durante uma expedição nas proximidades da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. Os restos mortais foram encontrados dez dias depois. Segundo o laudo de peritos da Polícia Federal, Bruno foi atingido por três disparos. Já Dom foi baleado uma vez.

Duas cruzes foram fincadas no Rio Itacoaí, local onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram mortos há um ano. A homenagem aconteceu nesta segunda-feira (5) e reuniu membros da equipe de vigilância da qual Bruno fazia parte, além de indígenas que vivem na região.

Os investigadores sustentam que Dom Phillips, de 57 anos, e Bruno Pereira, de 41, foram assassinados por um grupo de pescadores ilegais, possivelmente em resposta ao trabalho do indigenista contra crimes ambientais na região.

Quando o Dom conheceu o Bruno, em 2018, na expedição que fizeram ao Javari, voltou falando: “Nossa, Ale, eu estou muito impressionado com o Bruno, porque ele não é só um servidor ali, um cara fazendo o trabalho dele.

Entre os principais questionamentos sobre as mortes de Bruno e Dom, estão a eventual existência de um mandante e a motivação do crime. Uma das linhas de investigação é que é que o crime tenha relação com pesca ilegal de pirarucu em terras indígenas.

jan. 2023) que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em 5 de junho de 2022.

“Bem no território dos korubo isolados”, disse o indigenista licenciado da Funai na ocasião.

A Polícia Federal (PF) anunciou nesta segunda-feira (23) que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips.

O indigenista Bruno Pereira, 41, assassinado no Vale do Javari, acumulava anos de trabalho junto aos povos indígenas e era um alvo de ameaças em razão de sua atuação na região amazônica.

De forma brutal, na manhã do dia 5 de junho de 2022, Bruno e Dom foram mortos a tiros em expedição pelo Vale do Javari, no Amazonas, e tiveram seus corpos queimados e enterrados, sendo encontrados somente dez dias depois.

Dominic Mark Phillips (Bebington, 23 de julho de 1964 – Atalaia do Norte, 5 de junho de 2022) foi um jornalista britânico. Trabalhou para os jornais Washington Post, The New York Times e Financial Times.

5 de junho

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos em 5 de junho do ano passado, quando viajavam para entrevistar líderes indígenas e ribeirinhos em comunidades próximas ao Vale do Javari.

Na época Bruno era responsável pela Coordenação Geral de Indígenas Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Funai. Ele foi exonerado do cargo em outubro de 2019, 15 dias depois de comandar uma série de ações de combate ao garimpo ilegal em terras ianomâmis.

Bruno e Dom foram mortos a tiros na manhã do dia 5 de junho de 2022, ao voltarem de uma expedição pelo Vale do Javari, no Amazonas, e tiveram os corpos queimados e enterrados. Os cadáveres só foram encontrados dez dias depois.

Nascido em Pernambuco, o indigenista era torcedor do Sport de Recife (PE). Morou cerca de cinco anos em Atalaia, de 2012 a 2016, quando deixou a coordenação regional da Funai.

O exame, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte de Dom foi causada por "traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins [chumbinhos presentes em cartuchos de espingarda], ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica".

O material foi localizado por volta das 16 horas próximo à casa de Amarildo Costa de Oliveira, suspeito de envolvimento no crime, que está preso. Investigadores já haviam encontrado vestígios de sangue no barco do pescador.