Quem privatizou o Vale do Rio Doce?

Perguntado por: rbarbosa . Última atualização: 2 de fevereiro de 2023
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Há exatamente 25 anos, num leilão realizado em 6 de maio de 1997, o governo brasileiro vendeu a maior parte de suas ações da até então estatal Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O negócio envolveu, na época, cerca de R$ 3,3 bilhões.

Banco do Brasil

Hoje, o maior acionista da Vale é o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, o Previ, e fundos de investimento estrangeiros.

A Vale é hoje uma corporação sem controlador. Seus maiores acionistas são o fundo de pensão Previ, com 8,61%, a Capital World Investors (6,69%), a BlackRock (6,33%) e a Mitsui (5,99%). Com a aquisição anunciada nesta sexta, a Cosan torna-se o quinto maior acionista da empresa.

São Paulo, quarta, 7 de maio de 1997. O consórcio Brasil, liderado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) é o novo acionista controlador da Companhia Vale do Rio Doce. Após batalha judicial durante todo o dia de ontem, a União vendeu 41,73% das ações com direito a voto da estatal por R$ 3.338.178.240,00.

Mas a privatização só foi concretizada no fim do governo de Carlos Menem, em 1999. O primeiro passo desse processo foi a transformação da YPF de uma empresa estatal para uma de sociedade anônima com capital aberto.

O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) executou as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões de reais foram aos cofres públicos provenientes de privatizações.

São as seguintes as empresas: Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ, Companhia Docas do Estado da Bahia – CODEBA, Companhia Docas do Ceará – CDC, Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP, Companhia Docas do Pará – CDP, Companhia Docas do Maranhão – CODOMAR, Companhia Docas do Rio Grande do Norte – CODERN e ...

Outras empresas de energia recentemente privatizadas no Brasil incluem a Companhia Energética de Brasília-Distribuição (CEB-D), vendida à Neoenergia em 2020 por US$ 488 milhões, a Companhia Elétrica do Amapá (CEA), comprada em junho de 2021 pela Equatorial Energia por R$ 50 mil, e a empresa de transmissão estatal de ...

Em seu site oficial, a Vale informa que os maiores acionistas são a Litel (21%), o BNDESPar (6,3%), o Bradespar (5,7%) e a Japonesa Mitsui&aCo (5,6%). Além destas empresas, outros grandes acionistas incluem a BlackRock (5, 98%) e o Capital Group (5%).

A Vale não tem mais acionista controlador, e seus maiores acionistas são hoje Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com 8,6% das ações, as gestoras de recursos americanas Capital World Investors e BlackRock, com 6,68% e 6,33%, respectivamente, e a japonesa Mitsui, com 5,99%.

Na lista das mega-globais a BHP continua, sem competição, como a maior do mundo seguida pela gigante Brasileira Vale.

A operação reduziu a fatia do BNDES na Vale de 6,12% para cerca de 3,7%. Entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, o BNDES vendeu todo o restante das ações, deixando de ser sócio da Vale. No total, o banco arrecadou R$ 24 bilhões com a venda de papéis da mineradora.

Preço mínimo da Vale do Rio Doce é definido em R$ 10,36 bilhões.

O governo federal detém hoje 76% das ações ordinárias e 6% das ações preferenciais da Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) correspondentes a 51% do capital total da empresa.

governo Fernando Henrique Cardoso

Dez anos depois, num plebiscito informal convocado por movimentos e pastorais sociais e partidos de esquerda votaram 3.729.538 brasileiros e 94,5% se declararam a favor da reestatização da empresa. A venda da Vale foi a primeira da segunda fase do programa de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso.

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