Quem prepara o corpo no IML?

Perguntado por: rhilario . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Nesse momento, a equipe de enfermagem realiza uma série de procedimentos para limpar o cadáver e evitar riscos de contaminação. Além de garantir a integridade do leito para outros pacientes, eles são responsáveis por limpar o cadáver e enviá-lo à funerária ou IML.

O processo de liberação de um corpo no IML deve ser acompanhado sempre por um parente em primeiro grau (pai, mãe, filho) ou cônjuge.

O processo consiste na substituição do sangue por uma solução de água e formol. Além de auxiliar na conservação do corpo, essa prática deixa o corpo mais parecido com o que o falecido era em vida. Também ajuda a evitar o mau cheiro e eliminar os microrganismos.

O auxiliar de necropsia trabalha ao lado de médicos legistas em organizações como o IML (Instituto Médico Legal), hospitais e laboratórios. De modo geral, ele auxilia o médico responsável em processos de necropsia ou autópsia, exame de um cadáver para verificar a causa e como ocorreu a morte.

O necropsista tem seu trabalho voltado para os cuidados do corpo humano após o falecimento, prestando assistência ao médico legista nos procedimentos de verificação de óbitos, entre outros.

Neuza explica que a função de um técnico em necropsia é abrir um cadáver, mexer em todos os órgãos, retirá-los caso seja necessário e fechar o corpo. Enquanto isso, o médico legista ou patologista faz as análises para concluir o laudo e as causas da morte.

Após a realização da necropsia, as informações coletadas são descritas no laudo pericial, que irá subsidiar a investigação criminal. A liberação do corpo é feito mediante a emissão da Declaração de Óbito, em que consta além dos dados pessoais da vítima, a informação sobre a causa da morte.

Quando se trata de um cadáver não reclamado – que não é identificado ou procurado por responsáveis – o corpo fica congelado no IML durante cerca de um mês até que a documentação esteja concluída e ele possa ser destinado à instituição de ensino.

Liberação dos corpos
A liberação do corpo apenas pelo reconhecimento da família está proibida por Lei. Os familiares que podem liberar o corpo são os parentes de 1º grau, como pai, mãe, irmão ou irmã, filho ou filha, além de cônjuge, esposo ou esposa.

Neste estágio, por conta das bactérias que vivem no intestino do morto, o cadáver passa a inchar, ficar esverdeado e a apresentar um forte odor. Acontece que esses microrganismos começam a digerir as proteínas ali presentes e passam eliminar gases, gerando esse resultado.

Uma autópsia em uma empresa particular pode custar mais de US$ 10 mil e os planos de saúde não oferecem cobertura para esse serviço, mas muitas famílias acreditam que saber a verdade compensa o valor gasto.

PORQUE COLAM A BOCA DO MORTO? Após o óbito, a boca do cadáver pode permanecer aberta. Com o intuito de restaurar a aparência natural da pessoa em vida, a boca é fechada.

Acredita-se que o costume surgiu na Idade Média e era uma forma de garantir que a pessoa estava mesmo morta, antes de enterrá-la.

Rigor mortis (Do latim rigor, rigidez e mortis, morte) ou rigidez cadavérica é um sinal reconhecível de morte que é causado por uma mudança bioquímica nos músculos, causando um endurecimento dos músculos do cadáver e impossibilidade de mexê-los ou manipulá-los.

O salário médio nacional de Técnico De Necropsia é de R$3.146 em Brasil.

Embora não exista uma graduação em Necropsia, aqueles que desejam investir em uma formação direta, de curta duração e iniciar a carreira o quanto antes, podem optar pelo curso Técnico em Necropsia ou curso Profissionalizante em Necropsia Forense.

O velório é de no máximo 24 horas, segundo orientação da Vigilância Sanitária. Caso a família deseje, o velório pode ser feito com interrupção durante o período da madrugada, compreendido entre a 0 até 6 horas.

O dicionário da Porto Editora diz-nos que morgue é o «lugar onde se expõem cadáveres cuja identidade se pretende averiguar e onde se fazem autópsias judiciais, necrotério»; já necrotério é o «lugar onde são colocados cadáveres que vão ser sujeitos a autópsia ou cuja identidade se pretende averiguar; morgue».