Quem pode usar o cocar na tribo?

Perguntado por: lmonteiro4 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Para os indígenas da etnia Fulni-ô, do estado de Pernambuco, o cocar é a conexão do guerreiro com o grande espírito e deve ser utilizado somente pelos homens. Por ser considerado um cocar pessoal, pode ser dado como presente apenas para alguém querido.

Não, não é. Usar fantasias para representar personagens e culturas é algo tão antigo quanto o Carnaval, ou até mais, e os representantes legítimos de outros povos não ligam.

O correto é falar Povo Indígena. O que existem são etnias, povos e nações. O termo "tribo" surge de uma ideia estereotipada assim como a palavra "índio”.

Cocar pode ser sinal de responsabilidade e respeito, com uso limitado a pessoas de certas posições sociais (por exemplo, caciques, tuxauas, pajés); pode ser parte de ritos de ligação com ancestrais e com a natureza; ou também de festividades daquele povo.

O cocar é um artefato ritual, confeccionado artesanalmente pelos homens da aldeia e usado em cerimônias de diversas etnias.

O primeiro ponto relacionado à fantasia de índio, remete logo ao nome. Índio é um termo pejorativo e errado – dado pelos colonizadores quando invadiram o Brasil – que não traduz toda a nossa diversidade.

Nossa cultura não é fantasia.
Se apropriar de elementos de outra cultura para se "fantasiar" automaticamente esvazia todos os significados e a identidade que os mesmos carregam. O cocar, as pinturas e grafismos e as diversas vestimentas são elementos sagrados que preservam a memória, história e sabedoria de cada povo.

Deve haver dois furos por pena, diretamente em cada lado da haste da pena. As penas de um cocar geralmente se estendem, no mínimo, de uma orelha à outra, curvando-se sobre a testa. Elas também podem ser usadas individualmente ou em pequenos grupos na testa, como um símbolo de status menor.

"Não é legal do ponto de vista turístico, inclusive. Não se pode comercializar cocares feitos com penas de pássaros, existe uma legislação que proíbe isso. Os artesãos indígenas ainda podem fazer e fazem, respeitando sua própria legislação interna", ensina.

NÃO EXISTE ÍNDIO NO BRASIL. O que existe são povos nativos originários ou povos indígenas. A palavra índio usada para se referir às pessoas de etnias indígenas é extremamente pejorativa e reafirma preconceitos, como por exemplo, a ideia de que os povos originários são selvagens e/ou seres do passado.

Em algumas tribos como os Tamoios e Kaiowas, os anciãos aplicam uma resina colorida nos braços da noiva simbolizando a passagem para uma nova fase em sua vida.

Recomenda-se também o uso dos termos aldeia, terra ou território indígena, em vez de tribo. Para o grupo de indígenas, use etnia ou povo.

“Indígena” é o termo mais correto, e não “índio”. Indígena é o termo de tratamento mais respeitoso e, por isso, deve ser utilizado. Ele significa “natural do lugar que se habita” ou “aquele que está ali antes dos outros”, sendo abrangente com a grande pluralidade de povos originários.

Tribo. O termo “tribo”, segundo a cartilha dos Quadrinistas Indígenas, remete a uma ideia de uma população primitiva, sem organização ou capacidade. Além disso, carrega um imaginário depreciativo de estereótipos e preconceitos.

3 - Ao entrar no Terreiro propriamente dito (área de Gira), com o dedo anelar da mão direita, deve-se bater três vezes no chão (formando um triângulo), pedindo licença e permissão para entrar no Terreiro e em seguida bater o dedo três vezes na cabeça, primeiro entre as sobrancelhas (fronte), depois acima da orelha ( ...

Um cocar é o adorno usado por muitas tribos indígenas. Sua função variava de tribo pra tribo, podendo servir de adorno a símbolo de status ou classe na tribo. Geralmente, é confeccionado de penas presas a uma tira de couro ou de outro material.

Dentre os registros linguísticos mais notórios dos caboclos está o “sotaque”, categoria nativa que nomeia uma situação de desafio em forma de bravata que estabelece um diálogo, uma alternância entre (en)cantadores.

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