Quem morre mais por homicídio no Brasil?

Perguntado por: lAvila . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Conforme o diretor do Fórum, 23% da tendência observada em 2021 – seja de alta ou de diminuição dos índices de criminalidade – recebeu influência de alterações na estrutura demográfica da população brasileira. “A gente sabe que quem morre mais e mata mais são os jovens”, disse o sociólogo.

Se considerado os casos de violência psicológica, 43% das mulheres brasileiras já foram vítimas do parceiro íntimo. Mulheres negras, de baixa escolaridade, com filhos e divorciadas são as principais vítimas, revelou a pesquisa.

A Bahia lidera a lista e tem os quatro municípios mais violentos do país: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari (veja na lista abaixo). Veja, após a tabela, mais destaques do anuário.

Além do reconhecimento de que os negros são os que mais sofrem com a violência, para a grande maioria dos entrevistados (64%), as vítimas têm idade entre 13 a 24 anos.

O gráfico a seguir mostra a dinâmica da criminalidade ano após ano, revelando que o recorde de mortes violentas foi em 2017, com 64 mil. Desde então, houve uma queda expressiva, com uma redução de 26,58% em 2022. Apesar da melhora nas estatísticas, os números ainda são alarmantes.

Nigéria

O país mais violento do mundo é a Nigéria, porque tem uma elevada taxa de homicídios intencionais, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNDOC).

São Paulo é a cidade com a menor taxa de homicídio no Brasil
O levantamento realizado pelo Fórum de Segurança Pública mostrou que São Paulo tem uma taxa de 8,4 homicídios a cada 100 mil habitantes. O município ficou bem abaixo da média nacional de 23,4 mortes. Os dados são referentes a 2022.

Os pesquisadores indicam que as razões podem dizer respeito aos papéis do homem e da mulher em certas sociedades, o consumo de álcool, o acesso a armas de fogo, e a tendência masculina a participar de quadrilhas e atividades do crime organizado.

Bahia

Qual o estado mais violento do Brasil? A Bahia foi considerada o estado mais violento do país no período citado, de acordo com o Monitor da Violência criado pelo G1. Ao todo, foram contabilizadas 5.124 mortes em território baiano durante os doze meses do ano. O que corresponde a uma média de 427 assassinatos por mês.

Jaraguá do Sul, a mais segura do país
Com o menor índice de violência dentre todas as cidades do país, Jaraguá é o grande destaque do Anuário.

Vem conhecer um pouco mais sobre as capitais mais seguras para morar no Brasil: Curitiba. A capital paranaense atrai pessoas de todos os cantos, que estão em busca de uma vida mais tranquila. A cidade tem um dos menores índices de violência entre as capitais e investe em sua infraestrutura.

Mulheres mais jovens correm o maior risco de violência recente. Entre aquelas que já estiveram em um relacionamento, as maiores taxas (16%) de violência praticada pelo parceiro nos últimos 12 meses ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos.

Os maiores agressores foram os filhos (124 casos, 65% do total) seguidos de outros familiares com 36 ocorrências (19%) e de pessoas conhecidas (15 dos casos, 7% dos registros), grupo no qual estão incluídos amigos, cuidadores e vizinhos.

Ao se comparar os dois países, o Brasil é mais violento que o México, com uma taxa de 25,2 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2013, contra 21,5 do vizinho norte-americano.

O problema da violência no Brasil está relacionado à falência e corrupção das instituições públicas, principalmente a educação e a segurança. Também enfrentamos problemas relacionados à falha do sistema judiciário, que não consegue manter um sistema rígido de punição aos crimes violentos.

3,6

No Brasil, na média, a taxa de feminicídio é de 3,6. São Paulo é o estado com a menor taxa (1,8), seguido pelo Distrito Federal (2,2) e por Santa Catarina (2,8). O Brasil tem uma das mais altas taxas de feminicídio do mundo.

O Brasil detém o triste título de país com o maior número de homicídios no mundo e ainda ocupa a oitava posição entre os países mais violentos, de acordo com ranking do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).