Quem matou o indianista?

Perguntado por: aneves . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Alexandre Fontes, confirmou na noite desta quarta-feira (15), em uma entrevista à imprensa, que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter assassinado o indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips.

Entre os principais questionamentos sobre as mortes de Bruno e Dom, estão a eventual existência de um mandante e a motivação do crime. Uma das linhas de investigação é que é que o crime tenha relação com pesca ilegal de pirarucu em terras indígenas.

A Polícia Federal (PF) indiciou novamente Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, como mandante da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

A investigação já concluiu que Bruno Pereira foi morto por combater a pesca ilegal na reserva, e Dom acabou assassinado por estar junto a ele.

15 de junho
Um dos irmãos, Amarildo Oliveira, o “Pelado”, confessou os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal. Eles teriam matado, esquartejado e enterrado os corpos do indigenista e do jornalista.

A Polícia Federal tem indícios de Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, suspeito de ser o mandante das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no ano passado, também teria ordenado o assassinato de um colaborador da Funai, Maxciel Pereira dos Santos, em 2019.

Bruno e Dom estavam desaparecidos na Amazônia desde 5 de junho. Eles realizavam de barco o trajeto entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte (AM) quando se tornaram vítimas da violência que se intensificou nos últimos anos na terra indígena Vale do Javari.

Bruno era um servidor dedicado, de seriedade e compromisso amplamente reconhecidos, que sofreu perseguição dentro do órgão que deveria protegê-lo e foi exonerado de sua função de confiança por incomodar criminosos, ou seja, por cumprir o seu dever como funcionário do Estado.

Bruno e Dom foram mortos a tiros na manhã do dia 5 de junho de 2022, ao voltarem de uma expedição pelo Vale do Javari, no Amazonas, e tiveram os corpos queimados e enterrados. Os cadáveres só foram encontrados dez dias depois.

Rubén Dario da Silva Villar, o "Colômbia", foi apontado pela PF (Polícia Federal) como mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, em 5 de junho do ano passado, no Vale do Javari (AM).

A Polícia Federal confirmou, neste sábado (18), que parte dos restos mortais encontrados no Amazonas são do indigenista Bruno Araújo Pereira. A identificação foi possível após exame da arcada dentária no Instituto Nacional de Criminalística.

Como mataram Bruno Pereira e Dom Phillips? Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília concluíram que o repórter e o indigenista foram assassinados a tiros, com “munição típica de caça”.

As investigações sobre as mortes do jornalista Dom Phillips, 57, e do indigenista Bruno Pereira, 41, na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, resultaram até aqui em três presos e na identificação de outros cinco suspeitos, de acordo com a PF (Polícia Federal).

A motivação do crime ainda não foi confirmada, mas a PF apura se pode ter relação com pesca ilegal na região. O jornalista e especialista indígena desapareceram no Vale de Javari, uma área densa da selva amazônica onde vivem 26 povos indígenas, muitos deles isolados.

Sian Phillips, irmã do jornalista, disse que Dom "foi assassinado porque tentava contar ao mundo o que estava acontecendo com a floresta amazônica e seus moradores".

O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, funcionário licenciado da Funai, desapareceram no dia 5 de junho enquanto percorriam uma região remota do estado do Amazonas, palco de conflitos entre indígenas e invasores de terras.

ouvir: A Polícia Federal indiciou Ruben Dario da Silva Villar como um dos mandantes do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, mortos a tiros em 5 de junho de 2022, em Atalaia do Norte (AM).