Quem mais sofre exclusão social?

Perguntado por: omoraes . Última atualização: 7 de maio de 2023
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No país, entre os grupos que sofrem com a exclusão social, destacam-se aqueles relacionados à sexualidade, raça, gênero, religião e culturas. Comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas também são inclusas nestas situações.

Segundo os dados pesquisados, 25% dos brasileiros vivem em condições precárias e 42% dos municípios do país possuem altos índices de exclusão social. Apenas 200 cidades, 3,6% do total, possuem algum padrão adequado de atendimento social e representam 25% da população nacional.

Essa condição de desigual oportunidade de acesso a serviços básicos, como o transporte, o emprego, a segurança e a saúde rompem o sentimento de pertencimento que um sujeito tem em seu meio social. O indivíduo passa a se ver excluído, às margens do mundo social, transformando direitos em privilégios.

Por esse motivo, os grupos mais vulneráveis a ela são pessoas de baixa renda, menor nível de educação e integrantes de minorias historicamente negligenciadas (negros, mulheres, índios, ciganos e imigrantes, por exemplo).

Deste modo, fatores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas não é obrigatório que assim o seja.

É um meio de erradicar as barreiras sociais criadas pelo racismo, desigualdades de gênero, hiatos de classe e deficiência física e mental. A partir disso, as ações de inclusão buscam combater a segregação social e promover um ambiente mais harmonioso por meio da democratização dos espaços e serviços.

No contexto brasileiro, a exclusão social é fortemente marcada pelo histórico colonial do país. Em razão disso, temos que as populações indígenas e as pessoas negras são aquelas que possuem menos acesso às estruturas socioeconômicas e de bens e serviços.

Outra pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada pela Folha de São Paulo, revela que os 10% mais ricos do Brasil ficam com 43% da renda nacional. Esse mesmo estudo indica que os 5% mais pobres, cerca de 4,5 milhões de pessoas, vivem apenas com R$ 165 mensais.

Ela decorre, principalmente, da má distribuição de renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde. Desta maneira, a maioria da população fica a mercê de uma minoria que detém os recursos, o que gera as desigualdades.

A OPS define exclusão social como um processo estrutural, multidimensional, que envolve a falta de recursos e oportunidades e a falta de pertencimento como um produto da ruptura dos laços sociais que permitem que os indivíduos integrem uma rede social (OPS, 2003).

A exclusão seria um processo decorrente do desemprego, da pobreza, da estigmatização social, do isolamento, da ruptura, da ausência de redes de suporte etc., que atingiriam todos os indivíduos da sociedade, não somente as classes desfavorecidas.

Os principais desafios de inclusão de pessoas com deficiência no trabalho, estão associados a: baixa qualificação profissional, adequação do perfil ao cargo, falta de informação a respeito de inclusão e adequação dessas pessoas ao ambiente de trabalho (infraestrutura).

São dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. É considerado o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, um processo no qual o indivíduo vai se afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma.

Entre as principais causas dessa desigualdade social no Brasil, estão: concentração de dinheiro e poder, poucas oportunidades de trabalho, má administração dos recursos públicos, pouco investimento em programas culturais e de assistência, baixa remuneração.