Quem homologa sentenca estrangeira?

Perguntado por: . Última atualização: 14 de maio de 2023
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A Constituição Federal estabelece em seu artigo 105, I, “i”, que a homologação de decisões estrangeiras é competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Constituição Federal do Brasil conferiu a competência da homologação de sentenças estrangeiras ao Superior Tribunal de Justiça - STJ após a edição da Emenda Constitucional nº 45/2004 a qual promoveu alteração do artigo 105, inciso i, alínea i da CF, qual seja: Art. 105.

Com modificações introduzidas pela Emenda Regimental 18/2014, o regimento do STJ atribui ao presidente a competência para homologar sentença estrangeira e conceder exequatur às cartas rogatórias, ressalvadas as hipóteses de contestação ou impugnação, casos em que haverá distribuição dos autos para julgamento pela Corte ...

De origem latina, a expressão ao pé da letra significa "execute-se", "cumpra-se". O Exequatur é uma autorização para que uma sentença estrangeira ou um pedido formulado por autoridade estrangeira por carta rogatória sejam cumpridos no Brasil.

Em regra, a ação homologatória surge em razão de uma decisão definitiva, que fez coisa julgada no estrangeiro. De outro lado, para uma decisão interlocutória, por exemplo, é necessário a expedição de carta rogatória para o seu cumprimento, o chamado exequatur.

Terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificada à revelia; Ter transitada em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; Estar traduzida por tradutor juramentado; Ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

Os requisitos são determinados pelo Decreto-Lei 4.657 de 1942, ou Lei de introdução ao Código Civil. Entre eles, é preciso que a sentença tenha sido transitada em julgado e homologada por juiz competente, além de ser traduzida por tradutor juramentado.

Então, há casos em que a sentença não será homologada? Sim, o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça (STJ), artigo 216-F, determina que “Não será homologada a decisão estrangeira que ofender a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pública”.

Para que uma sentença penal proferida do estrangeiro tenha eficácia no território brasileiro é necessário que a mesma seja homologada pelo STJ e que ela se adeque as hipóteses legais previstas no nosso ordenamento.

Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal [Superior Tribunal de Justiça, após a EC n. 45/2004] (BRASIL, 1996b).

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Sem essa prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça, órgão competente para tanto, a sentença arbitral estrangeira não terá eficácia no território nacional, ou seja, não poderá ser executada.

Essa homologação deve ser feita pela competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a sentença, traduzida por um tradutor juramentado, deve ser analisada e definida a sua homologação ou não.

Quanto custa uma homologação de sentença estrangeira? Como mencionado em outros artigos, não tem como precisar o quanto você gastará nesse tipo de ação, pois depende dos valores dos emolumentos judiciais e extrajudiciais, gastos com tradução juramentada e dos honorários advocatícios.

É o expediente pelo qual o juiz pede à Justiça de outro país a realização de atos jurisdicionais que necessitam ser praticados em território estrangeiro.