Quem foi o último escravo do mundo?

Perguntado por: inogueira . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Oluale sobreviveu a uma viagem de 45 dias no famigerado navio Clotilde, e foi forçado a trabalhar nas docas do Rio Alabama até 1865, quando enfim foi libertado depois do fim da Guerra Civil americana. Oluale sobreviveria até 1935, e sua história foi escrita por Zora enquanto ele ainda era vivo.

O Brasil foi o último país a abolir a escravidão? Errado. Se erradicamos essa prática odiosa em 1888 (os Estados Unidos em 1863), a Nigéria, de onde vieram muitos escravos, só tomou a medida em todo seu território em 1936.

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

Índia

Em termos absolutos, os países com mais escravos são Índia (13.956.010), seguida de China (2.949.243), Paquistão (2.127.132), Nigéria (701.032), Etiópia (651.110) e Rússia (516.217).

Entre eles, podemos destacar: República Dominicana (1822), países da América Central (1824), a abolição da escravidão em colônicas britânicas (1833), abolição em colônias francesas (1848) e nos EUA (1863).

As primeiras pessoas a serem escravizadas na colônia foram os indígenas. Posteriormente, negros africanos seriam capturados em possessões portuguesas como Angola e Moçambique, e regiões como o Reino do Daomé, e trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.

Sobrenomes no Brasil
Foi somente no século XIX que os registros civis tornaram-se padrão no Brasil e passaram a incluir sobrenomes nas certidões de nascimento. Até a abolição da escravidão em 1888, os escravos também não tinham sobrenomes.

Escravidão. ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

“Tigreiros” ou “Tigres” eram os nomes dados aos escravos que tinham como função esvaziar barris com excrementos nos rios e praias.

O Brasil foi o último país da América a abolir o trabalho escravo.

Os três grandes abolicionistas negros brasileiros que se engajaram na luta pelo fim da escravidão foram: Luiz Gama, André Rebouças e José do Patrocínio.

Os portos que recebiam maior número de escravos no Brasil eram Salvador,Rio de Janeiro e Recife;desses portos os escravos eram transportados aos mais diversos locais do Brasil. Algumas outras cidades recebiam escravos vindos diretamente da África, como Belém, São Luís, Santos, Campos e outras.

Roque José Florêncio, morto em 1958, era o “escravo reprodutor” de fazenda do interior de São Paulo.

Como era alto - tinha 2,18 m - e, na época, acreditava-se que homens com canelas finas gerariam filhos do sexo masculino, foi escolhido para se deitar com as escravas e gerar mais mão de obra. Também cuidava dos cavalos e era responsável pelo transporte de correspondência entre a fazenda e a cidade.

Sua origem está relacionada às guerras e conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores. Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio (Antigo Oriente), mas povos nas Américas como os maias também se serviram de cativos.

Do total de pessoas em trabalhos forçados no ano de 2016, 58% vivem em cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Somente na Índia, a escravidão atinge 18,4 milhões de pessoas. Já em Bangladesh, existem 1,2 milhão de pessoas em situação de trabalho forçado.

MITO Não existe trabalho escravo na China. O que há são especulações em torno de tudo o que envolve o país. Primeiro pela diferença cultural, tendo em vista que, muitas vezes, o ocidente não assimila os costumes orientais. Segundo porque a distância geográfica não permite o acesso a todas as pessoas.

Os países que lideram essa estatística são Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia. No Brasil, entre 2003 e 2018, 45 mil pessoas foram resgatadas de em situação análoga à escravidão, especialmente em ambiente rural.

Os portugueses e o tráfico de escravos africanos
Apesar de o comércio de escravos já ser praticado na África, foi com a chegada dos portugueses nesse continente que o tráfico escravista se configurou na maior migração forçada de povos da história.

Foi a Dinamarca, em 1792 – mas a lei criada nessa data só entrou em vigor em 1803.

O Brasil é o país que mais traficou escravos entre os séculos 15 e 16, passando dos 5 milhões de pessoas. Também pode-se destacar a Grã-Bretanha, responsável por traficar 3,2 milhões de africanos, e a colônia espanhola no Uruguai, com cerca de 1 milhão de indivíduos escravizados.