Quem foi o povo marajoara?

Perguntado por: uqueiroz . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Os marajoaras ou cultura do Marajó foram uma sociedade que floresceu na Ilha de Marajó ou Rio Amazonas na Era pré-colombiana. Em uma pesquisa, o arqueólogo Charles Mann sugere datas entre 400 e 1600 para a cultura. Contudo, atividade humana desde 1000 a.C. já tinha sido reportada nesses locais.

Essa complexa civilização viveu em um ambiente extremamente inóspito: muito quente e úmido, sujeito a enchentes e com solo pobre. E essa é uma das razões que levavam os marajoaras a construir enormes morros, chamados tesos, para abrigar suas casas. Estima-se que eles dominaram a ilha até o ano 1400.

Entre as características da arte marajoara presentes nos primeiros achados arqueológicos, destacam-se: a reprodução de figuras animais, o que também pode ser chamado de zoomorfismo; peças que apresentam o homem, ou antropomorfismo; cerâmicas que apresentavam uma forma composta por parte humana e parte animal.

Os marajoaras sumiram misteriosamente por volta de 1300, por causa de brigas internas ou do ataque de outros povos. Quando os portugueses chegaram, Marajó era habitada por índios aruaques. Seus antecessores, até onde se sabe, não deixaram descendentes.

A arte marajoara surgiu com os indígenas que ocuparam a região entre meados dos anos 400 e 1400. De acordo com registros, acredita-se que o local onde está situado hoje a Ilha de Marajó, tenha sido ocupado diversas vezes. Essas ocupações se dividem em cinco fases.

Suas casas eram construídas sob aterros artificiais, e dedicavam-se a confeccionar cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que resultaram em peças requintadas de rara beleza. Tal produção revela detalhes sobre a vida e os costumes dos antigos povos da Amazônia.

A típica luta marajoara é um combate corpo a corpo, que tem o objetivo de projetar o oponente de costas ao chão e domina-lo, esporte semelhante ao Wrestling, praticado no norte do Brasil.

Acredita-se que essa forma de luta surgiu há séculos, sendo parte integrante das tradições e práticas dos povos indígenas que habitavam a ilha. A ilha de Marajó é conhecida por abrigar uma rica e antiga cultura indígena, que se desenvolveu entre os séculos 1.000 a.C. e 1.400 d.C. .

Atribuo esse gosto dos marajoaras pelas denominações consideradas mais tradicionais como Assembleia de Deus, Deus é Amor, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Cristã Evangélica, entre outras, à desconfiança dos mesmos em relação às características dessas novas igrejas.

A Cerâmica Marajoara é uma dentre as artes em cerâmica mais antigas e elaboradas do Brasil, sendo reconhecida por sua sofisticação. Ela começou a ser produzida pelos índios da Ilha do Marajó (próximo a Belém, no estado do Pará).

O Arquipélago do Marajó possui cerca de 590 mil habitantes.

Eles fabricavam potes, vasos, tigelas, tangas, urnas funerárias, adornos e outros objetos, com um estilo próprio, que ficou conhecido como cultura marajoara. Contavam histórias e expressavam suas crenças e emoções, só que em vez de palavras escritas, usavam imagens.

A cultura marajoara floresceu nas terras em torno do delta do rio Amazonas entre os séculos V e XIII. De origem desconhecida, supõe-se que seja oriunda de tribos nômades da América Central e da Cordilheira dos Andes.

A cerâmica marajoara foi descoberta em 1871, quando dois pesquisadores, Charles Frederick Hartt e Domingos Soares Ferreira Penna, visitavam a Ilha de Marajó.

A cerâmica marajoara é geralmente caracterizada pelo uso de pintura vermelha ou preta sobre fundo branco. Aplicando técnicas que combinavam cores, que eram extraídas de elementos da natureza, como: urucum; caulim; jenipapo; carvão, e; fuligem.

O simbolismo da cerâmica arqueológica marajoara foi escolhido como emblema de identidade nacional brasileira em fins do século XIX tendo em vista os projetos políticos de Estado.

Os tapajós são um grupo indígena brasileiro, com remanescentes na área urbana de Santarém e na vila de Alter-do-Chão. No século XVII, controlava uma extensa área entre os municípios de Juruti e Prainha , no estado brasileiro do Pará.

Todavia, o que se pode afirmar com certo nível de assertividade é que a luta marajoara surgiu nas fazendas de gado do interior da ilha como forma de aquecer o corpo para o banho nas águas frias dos rios da região após um dia de trabalho com o rebanho bovino.

Assim como outros objetos de datações antigas, a cerâmica marajoara serve como ícone de um povo, e a arqueologia tenta descobrir seus significados. Segundo Denise, nessas peças é comum encontrar animais da fauna amazônica, como jararaca, tartaruga, jacaré, cobras.

A Luta Marajoara (LM) é uma prática corporal tradicional da Ilha do Marajó, Pará, sendo ao mesmo tempo considerada como uma importante manifestação cultural e regional do interior do Estado do Pará (ASSIS; PINTO; SANTOS, 2011).

O Acervo Arqueológico de Cerâmica Marajoara de Belém foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.