Quem foi o grande amor de Camões?

Perguntado por: igoulart7 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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A paixão do poeta era correspondida pelo coração da nobre e bela Catarina, linda jovem loura de olhos azuis, cuja beleza foi imortalizada pelo poeta em muitos de seus sonetos. Entretanto, além do amor ardente, o jovem Camões era fidalgo (filho d´algo), mas de uma nobreza decaída e pobre, mas valente.

Luís Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver é um soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos. O famoso poema foi publicado na segunda edição da obra Rimas, lançada em 1598.

Camões demonstra, em seus sonetos, uma luta constante entre um amor material, manifestação da carnalidade e do desejo, e o amor visto como ideia, puro, espiritualizado, capaz de conduzir o ser humano à realização plena.

Camões dedicou sua obra-prima ao rei D. Sebastião de Portugal.

Diz-se que, por conta de um amor frustrado, autoexilou-se em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente.

Embarca para Ceuta no outono de 1549. Combate no Marrocos, onde perde o olho direito numa escaramuça contra os mouros. Em 1551, volta a Lisboa.

Os Lusíadas

No entanto, é o poema épico Os Lusíadas a obra de Camões mais apreciada pela crítica, que considera esse livro uma das obras literárias mais importantes da língua portuguesa.

Amor é um conjunto de emoções e comportamentos caracterizado pela intimidade, paixão e comprometimento. Ele envolve cuidado, proximidade, proteção, atração, afeto e confiança. O amor pode variar em intensidade e mudar com o tempo.

no 2º verso, o Amor “é ferida que dói (exteriormente) e não se sente” (interiormente); no 4º verso, o Amor “é dor que desatina (exteriormente) “sem doer” (interiormente) e, no 5º verso, a noção é a de que não é possível querer mais, de tanto que se quer, de tanto que se ama.

É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

Inspirado num passado glorioso, Camões busca a identidade de um povo em "Os Lusíadas". Quem somos, o que nos define, que missão temos na História? No épico texto, o poeta exalta os feitos sem ocultar defeitos. Com ele fazemos uma viagem coletiva de reflexão.

A Epopeia escrita em dez cantos, tem como tema as navegações ultramarinas do século XVI, as grandes conquistas do povo português e a Viagem de Vasco da Gama às Índias. A mitologia greco-romana a o Cristianismo são temas recorrentes na obra.

Sentido conotativo
O poeta se utiliza de metáforas e paradoxos para definir o amor e descrever suas contradições. As metáforas são as comparações implícitas, que procuram definir o amor, como "Amor é fogo que arde sem se ver" (compara-se o amor ao fogo, pois ambos queimam, causam sofrimento).

Vasco da Gama

Que não tenham enveja às de Hipocrene. De Assírios, Persas, Gregos e Romanos. Assim, no prólogo, o narrador apresenta o herói da epopeia, ou seja, Vasco da Gama (1469-1524):

Lusíadas - significa 'Lusitanos', ou seja, são os próprios lusos, em sua alma como em sua ação. Herói: O herói de Os lusíadas não é Vasco da Gama, mas sim todo povo português [do qual Vasco da Gama é digno representante].

O capitão do navio, Vasco da Gama, narra ao rei de Melinde a história de Portugal, em que se inserem as figuras de grandes heróis da história portuguesa e os episódios de Inês de Castro, do Velho do Restelo e do Gigante Adamastor.