Quem foi o escravo reprodutor?

Perguntado por: yescobar4 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Com 2,18 metros de altura, Florêncio foi designado “escravo reprodutor”, e era obrigado a visitar a senzala regularmente para estuprar as mulheres. Estima-se que 30% da população do distrito de Santa Eudóxia, hoje, seja descendente de Pata-Seca, que teria cerca de 200 filhos não registrados.

Sua origem está relacionada às guerras e conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores. Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio (Antigo Oriente), mas povos nas Américas como os maias também se serviram de cativos.

Inclusive se referiam aos negros como animais ou bestas, a mulher escrava passava de “grávida” a “prenhe”, e seus filhos eram, então, chamados de “crias”.

Nascido em Sorocaba na primeira metade do século XIX, Roque José Florêncio foi comprado por um fazendeiro de São Carlos (SP) e escolhido para ser "escravo reprodutor" no distrito de Santa Eudóxia. Familiares e um estudo afirmam que ele teve mais de 200 filhos e, segundo a certidão de óbito, morreu com 130 anos.

Em outra parte do sítio, a senzala era onde os escravos descansavam e eram castigados. Eles eram chicoteados no local e, como eram muito altos – tinham cerca de 1,80 metros – precisavam ficar deitados. Quanto mais rebeldes, mais no fundo da senzala ficavam.

25 anos

No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.

Fazenda Santa Clara

A exatos 198 Km de São João del-Rei, a Fazenda Santa Clara, que foi a maior em número de escravos da América Latina, ressoa o lembrete de que é preciso acertar as contas com a nossa história. Quase 132 anos após uma abolição da escravatura que já veio mais do que tardia, o Brasil pouco conhece do seu passado.

Segundo registros, portugueses brancos foram escravizados por invasores holandeses. No Império do Brasil, tal fenômeno (visto como "anormal", já que acreditava-se que o trabalho escravo era destinado somente aos negros) gerava comoção e esforços coletivos pela libertação dos escravos brancos.

Escravidão. ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

As primeiras pessoas a serem escravizadas na colônia foram os indígenas. Posteriormente, negros africanos seriam capturados em possessões portuguesas como Angola e Moçambique, e regiões como o Reino do Daomé, e trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.

Nome aos bois
Ao desembarcar dos navios vindos da África, os negros eram “batizados” por padres católicos e ganhavam um nome em português. O sobrenome vinha depois e geralmente era o mesmo do dono do escravo. Na época, muitos proprietários de terra eram “Silva”, um sobrenome comum em Portugal.

No passado, elas viviam submetidas ao trabalho duro, castigos e grande violência. Com o fim da escravidão, elas tornaram-se livres dos jugos impostos pelo senhor, mas não conseguiu livrar das péssimas condições de trabalho e baixa remuneração pelas quais passaram.

Vivendo em propriedades escravistas, os filhos livres das escravas foram mantidos em quase sua totalidade na mesma condição servil dos cativos de fato. Nas primeiras horas da manhã, mulheres e homens escravizados saem com suas peneiras para a colheita de café, levando suas crianças.

Um escravo de origem africana, do sexo masculino, com essas mesmas características etárias, era orçado em 110$000 réis e do sexo feminino em 85$000 réis. No conjunto da capitania, naquele ano, um escravo valia, em média, 82$000 se fosse homem e 67$000 se fosse mulher (BERGAD, 2004, p. 357).

Em termos absolutos, os países com mais escravos são Índia (13.956.010), seguida de China (2.949.243), Paquistão (2.127.132), Nigéria (701.032), Etiópia (651.110) e Rússia (516.217).

"Os portugueses são os primeiros a iniciar o comércio de escravos no Atlântico. Durante algumas décadas, são praticamente só eles que fazem esse tipo de comércio.