Quem financiou a Copa do Mundo no Catar?

Perguntado por: rantunes . Última atualização: 29 de abril de 2023
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O Catar gastou mais de US$ 229 bilhões para preparar o país para sediar a Copa do Mundo 2022, um valor mais de 16 vezes maior do que o gasto pela Rússia, que recebeu o mundial.

A FIFA previu, para esse ciclo de 2022, uma receita de US$6,4 bilhões, sendo US$4,2 bilhões só com a Copa do Mundo. E desses US$4,2 bilhões, US$2,4 bilhões são de direitos de transmissão, que é a maior fatia que a FIFA recebe na Copa.

Os governos locais foram os que mais gastaram com as arenas da Copa, contribuindo com 47%. Os 45,8% restantes foi fruto de financiamento de agência do governo federal, principalmente do BNDES.

O campeão da Copa do Catar vai receber um prêmio de US$ 42 milhões, o equivalente a cerca de R$ 226 milhões na cotação atual. O vice fica com US$ 30 milhões (R$ 161 milhões), enquanto o terceiro e quarto colocados levam US$ 27 milhões (R$ 15 milhões) e US$ 17 milhões (R$ 91,5 milhões).

Estima-se que o país tenha gasto até US$ 220 bilhões desde que foi escolhido como sede do evento, enquanto a FIFA espera uma receita de US$ 4,7 bilhões ao fim do torneio. A Copa do Mundo de 2022 tem alguns traços que a tornam única.

A Seleção Brasileira foi até as quartas de final da Copa do Mundo de 2022, eliminada pela Croácia após empate por 1×1 na prorrogação, que levou a derrota por 4×2 nos pênaltis. Apesar da desclassificação que adiou em mais quatro anos o sonho do hexacampeonato, a CBF embolsou U$ 17 milhões.

Dos oito estádios, sete foram construídos do zero para o evento. O custo de construção só das arenas foi de US$ 6,5 bilhões (R$ 33 bilhões), sendo que todos são equipados com ar-condicionado – item essencial no deserto.

Quando uma empresa patrocina a Copa do Brasil, ela se faz presente em todas as propriedades, inclusive com realização de ativações e hospitalidade nas principais partidas. Já no Brasileirão é um modelo híbrido, porque os clubes fazem a gestão dos seus jogos, focados em seus próprios patrocinadores."

A última Copa do Mundo foi realizada no Catar, entre novembro e dezembro. A Fifa arrecadou 2,88 bilhões de dólares, ou R$ 14,9 bilhões, especificamente com os direitos de transmissão dessa competição.

Dinheiro em Jogo
A Fifa tem um dos melhores negócios do planeta. Fica com todas as receitas geradas por ela na Copa do Mundo, mas não arca com o grosso das despesas, visto que estádios e infraestrutura são pagos por países, e salários de jogadores, por clubes.

Grupo QNB (banco comercial multinacional) e.

A CBF fatura alto com patrocínio porque combina a assombrosa força comercial da seleção, famosa e admirada internacionalmente, com sua capacidade de lisonjear patrocinadores.

R$ 2,3 bilhões: a premiação total da Copa do Mundo de 2022, acima dos R$ 2,1 bilhões em 2018.

Segundo o Observatório da Complexidade Econômica, o Qatar tem balança comercial positiva, com mais exportações do que importações. Os principais produtos exportados são o petróleo, petrolíferos refinados e polímeros de etileno. Já as importações mais significativas são de aviões, carros, helicópteros e turbinas a gás.

Infraestrutura inovadora
O Catar investiu em uma enorme e moderna infraestrutura como parte do plano de desenvolvimento do país até 2030, que tem a Copa do Mundo como grande catalisador. Desde 2011, sete novos estádios foram construídos e um foi completamente reformado para receber os jogos do Mundial.

As principais causas dessas mortes e ferimentos foram quedas de lugares altos, acidentes de trânsito e objetos que caíram sobre os trabalhadores.

Em comparação, a Rússia gastou US$ 11,6 bilhões (R$ 61,8 bilhões) para sediar a Copa do Mundo de 2018.

País se preparou para receber o mundial não só construindo estádios, mas também modernizando a infraestrutura para o transporte e acomodação de um total de mais de um milhão de turistas.

Os desembolsos para a Fifa giram em torno de uns US$ 100 milhões, de acordo com Amir Somoggi, managing director da Sports Value. "São grandes anunciantes para poder bancar não somente os patrocínios, mas também as ativações. Para essas marcas, o gasto de ativação pode ser três a quatro vezes maior que o investimento.