Quem financia a dívida pública brasileira?

Perguntado por: erocha . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal, nele incluído o refinanciamento da própria dívida, assim como para realizar operações com finalidades específicas definidas em lei.

A dívida Pública Brasileira
Essa dívida pode ser expressa em forma monetária (financeira), mobiliária (em títulos emitidos) e contratual (empréstimos mediante contrato).

O Banco do Brasil é o maior credor entre os bancos com um passivo de R$ 3,58 bilhões. É seguido pelo Itaú BBA, com R$ 1,93 bilhão. A Caixa vem na sequência com R$ 1,58 bilhão. O Bradesco tem R$ 1,42 bilhão e o Santander R$ 429 milhões.

O que acontece com um devedor que entra em default
Essa corrida aos bancos causa uma rápida e forte desvalorização da moeda local. Quanto entra em moratória, o país é pressionado por credores para que elabore um plano de recuperação e adote rígidos ajustes fiscais, para tentar reequilibrar as finanças públicas.

A dívida surge e aumenta sempre que o governo gasta mais do que arrecada. Assim, quando os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo é financiado por seus credores (pessoas físicas, empresas, bancos etc), dando origem à dívida pública.

Os maiores devedores são a indústria (R$ 236,5 bilhões), o comércio (163,5 bilhões) e o sistema financeiro (R$ 89,3 bilhões). Também devem à União empresas de mídia (R$ 10,8 bilhões), educação (R$ 10,5 bilhões) e extrativismo (R$ 44,1 bilhões).

Veja as maiores dívidas do Brasil:

  • Atlético-MG - 1,57 bilhão.
  • Cruzeiro - R$ 1,18 bilhão.
  • Botafogo - R$ 1,04 bilhão.
  • Corinthians - R$ 927 milhões.
  • Vasco - R$ 679 milhões.
  • Fluminense - R$ 678 milhões.

A forma mais comum usada pelo governo para pagar a dívida é a rolagem, o refinanciamento, como visto acima. Mas existem outras. A dívida por ser amortizada também com recursos previstos no Orçamento, com o aumento da arrecadação e com a privatização de estatais.

o Estado tem receitas captadas através de impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos. E é com este dinheiro que o Estado suporta as despesas públicas, que, por sua vez, se destinam a garantir os serviços públicos ou a realização de investimentos que possam dinamizar a capacidade produtiva do país.

São US$ 145 bilhões que estão hoje financiando a dívida do país, o equivalente a quase dois terços das reservas internacionais. Esse valor coloca o Brasil como o quarto maior credor dos EUA, atrás apenas de China, Japão e Reino Unido.

Dívida do Brasil deve ser de 88,4% do PIB em 2023 com aumento gradual, diz FMI. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a dívida bruta do Brasil fechará 2023 em 88,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a instituição, a relação vai avançar nos próximos cinco anos, atingindo 96,2% em 2028.

Houve inadimplementos nos pagamentos dos países? Sim. Surgiram inadimplementos nos pagamentos de Venezuela (US$ 722 milhões), Moçambique (US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 250 milhões), em um valor total de US$ 1,09 bilhão acumulado até março de 2023. Outros US$ 518 milhões estão por vencer desses países.

As dívidas da Americanas com o Santander Brasil (R$ 3,6 bilhões), Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa Econômica Federal (R$ 500 milhões) não sofreram alterações significativas entre as duas listas.

Venezuela e Cuba ainda devem US$ 529 milhões, o que equivalente a 25% do total emprestado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos dois países nos governos Lula e Dilma, apontam dados disponíveis na página do banco estatal.

Mato Grosso do Sul aparece com o índice de 59,1% (endividamento), que é o menor do País, seguido por Paraná (62%) e Piauí (65%). Minas Gerais é o mais endividado com 94,9%.

Em seu site, o BDNES afirma que a dívida da Venezuela, até março deste ano, era de US$ 722 milhões.

Não há um país no mundo que não esteja endividado e isso vale até para economias sólidas como os Estados Unidos, Alemanha e o Japão.