Quem ficou com a Eletrobras?

Perguntado por: apadilha . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Para ser preciso, R$ 96,6 bilhões. O cálculo, porém, é um pouco diferente do tradicional de uma desestatização, e isso se deve ao modelo adotado. Por essa razão, o valor integral passou praticamente despercebido. A União Federal deixou de ser controladora da empresa.

Desde a privatização da empresa, as condições hidrológicas brasileiras melhoraram muito. Depois de um período de seca e falta de chuvas, que levou o País a uma crise hídrica entre 2021 e 2022, os níveis dos reservatórios hidrelétricos se recuperaram em 2023. Como consequência, os preços da energia caíram.

Com a conclusão do processo, a Eletrobras se tornou uma empresa sem controlador definido, como aconteceu com a Embraer. O governo tem reafirmado que a privatização resultará em benefícios para a população e pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais, uma vez que tornará o setor mais competitivo.

O governo tem 43% das ações [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a um voto.

Após a notificação do relatório expedido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre a privatização da CELPE, o então Governador do Estado, Jarbas Vasconcelos, editou o Decreto 21.925/99, de 16 de dezembro de 1999, fixando o preço mínimo das ações em R$ 1.780.979.194 (um bilhão, setecentos e oitenta milhões, novecentos e ...

Uma das mais antigas empresas estatais e recentemente privatizada, a Eletrobras faz parte de um processo contínuo de universalização dos sistemas de energia elétrica pelo Brasil. Afinal, a energia elétrica não é mais uma questão de comodidade e sim uma necessidade em qualquer lugar do país.

Contribuímos para os sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio das nossas subsidiárias Eletrobras CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas.

Conforme o PL 10826/18, os empregados, inclusive os que estiverem em período probatório à época da venda, serão lotados em outras empresas públicas, sociedades de economia mista ou esfera do governo federal, sendo mantidos seus direitos adquiridos.

O Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 1031/21, que cria as condições para a privatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País.

O governo Bolsonaro concluiu nesta 5ª feira (9. jun. 2022) o processo de privatização da Eletrobras. Com o fim do bookbuilding –quando se avalia a demanda do mercado–, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu o preço de R$ 42 por ação.

O governo abriu ao setor privado a possibilidade de concessões e permitiu contratos da YPF com terceiros. Essas medidas foram parcialmente anuladas em 1974 e posteriormente reorganizadas em 1985 pelo governo de Raúl Alfonsín. Mas a privatização só foi concretizada no fim do governo de Carlos Menem, em 1999.

O órgão deu aval para a continuidade da privatização. Os R$ 67 bilhões da privatização serão divididos da seguinte forma: R$ 32 bilhões serão destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo dos próximos 25 anos, sendo que R$ 5 bilhões serão pagos ainda em 2022.

É o caso dos votos a que têm direito o governo federal nas decisões da diretoria da Eletrobras. O governo tem 42,6% das ações, mas o peso dos seus votos é de apenas 10%. Antes da venda a União detinha 72% das ações e com a capitalização deixou de ser o acionista majoritário.

Proventos serão repassados aos fundos que compraram as ações, entre eles os que receberam aportes de recursos do Fundo de Garantia. Mas trabalhadores não terão acesso imediato ao dinheiro. A Eletrobras paga dividendos na casa de R$ 863 milhões nesta quinta-feira.

Para além do tarifaço, a privatização causará queda na qualidade da energia com aumento de apagões no futuro, desindustrialização com consequente aumento da falência de empresas e desemprego, privatização da água e a destruição da soberania energética.

Os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso escrevem que a Eletrobras quer reduzir custos gerenciáveis em 42% no periodo entre 2022 e 2026, totalizando R$ 3,7 bilhões. A empresa também apontou meta de R$ 15 bilhões em ganhos tributários.

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro