Quem faz hemodiálise pode ter uma vida normal?

Perguntado por: ecavalcanti . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Elias David Neto – Em geral, a diálise é indicada quando a função renal está bastante reduzida, ou seja, em torno de 10% da função inicial, o que é insuficiente para manter a pessoa viva. Com 50%, 60% ou 70% da função preservada, ela conseguirá levar vida absolutamente normal.

Pelos meus 30 anos de experiência médica, afirmo que o paciente vive muito bem nos primeiros 5 anos de diálise. A sobrevida média, segundo a literatura, é de 10 anos, mas sabemos que isso depende de muitos fatores, como serviço, atendimento, horas de diálise, etc. >

A hemodiálise prolonga a vida, mas também impõe fardos – como ter de ir à clínica três vezes por semana para sessões de quatro horas de hemodiálise, ou fazer várias trocas de líquidos diariamente com a diálise peritonial, que pode ser realizada em casa. O tratamento conservador pode livrar o paciente dessas rotinas.

Barreto26, diz que em pessoas que realizam hemodiálise a musculatura se atrofia e como consequência, ocorre no organismo uma fraqueza generalizada, causada pela perda de força, que comparada a de indivíduos normais é de 30 a 40% menor, levando o paciente ao descondicionamento físico.

Quando os rins não funcionam adequadamente, substâncias indesejáveis - como potássio, fósforo, sal e líquidos - acumulam-se no sangue. Com isso durante o processo de hemodiálise surgem alguns sintomas como indisposição, câimbra, náuseas, vômitos, falta de apetite, aumento da pressão arterial, inchaço e mal-estar.

Evite carregar peso ou dormir sobre o braço da fístula, pois o fluxo de sangue pode ser interrompido. Não permita que outros profissionais que não sejam o de hemodiálise puncionem sua fístula.

O benefício assegurado pela LOAS se chama BENEFÍCIO DE PRESTAÇAO CONTINUADA (BPC) e é garantido “à pessoa portadora de deficiência –incluindo o doente renal crônico- e ao idoso que comprovem que não possuem meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família”. Equivale a um salário mínimo nacional.

Na maioria das sessões de hemodiálise o paciente não sentirá nada, mas algumas vezes, pode ocorrer queda da pressão arterial, câimbras ou dor de cabeça. Por estes motivos, a sessão deve ser sempre realizada na presença de um médico e uma equipe de enfermagem.

A maioria das sessões de hemodiálise são feitas por fístula que, comparada ao cateter, é a melhor opção de acesso ao sangue do paciente. Isso porque o local onde é colocado o cateter é mais sensível (tórax, pescoço ou virilha) e costuma ficar dolorido após o efeito da anestesia local.

Dieta para quem faz hemodiálise: 5 dicas importantes

  1. Controlar a quantidade de proteínas. ...
  2. Diminuir o consumo de potássio. ...
  3. Diminuir a ingestão de sódio. ...
  4. Controlar a ingestão de líquidos. ...
  5. Manter o consumo adequado de minerais.

Quem faz hemodiálise precisa do tratamento para retirar o excesso de água do organismo. Entre uma sessão e outra, ela poderá se acumular no corpo causando diversos problemas. Por isso é importante controlar a quantidade de líquidos ingeridos.

Depois que começar a fazer hemodiálise, há chances do rim voltar a funcionar ? Não, se o paciente tiver doença renal crônica avançada, seus rins não voltarão a funcionar mesmo fazendo hemodiálise. A diálise é apenas um método de substituição do rim e não tem a capacidade de reverter lesões renais.

A fístula arteriovenosa (FAV) é a ligação entre uma veia e uma artéria, feita para criar um acesso por onde será realizada a hemodiálise. Geralmente, esse acesso é feito nos membros superiores, como os antebraços, punhos e braço, pois o risco de complicações é menor.

Podem ser realizadas de duas a seis sessões de hemodiálise por semana, com duração de variável (entre 2 a 4 horas), o que depende da situação clínica de cada paciente. Existem casos em que é necessário fazer uma sessão por dia para melhor controle e qualidade de vida do paciente.

Para saciar a sede e garantir uma hidratação adequada, é recomendável preferir água, chás naturais, águas saborizadas com frutas, e evitar bebidas açucaradas, como refrigerantes e refrescos artificiais, pois estes possuem grande quantidade de açúcar e conservantes, o que pode aumentar ainda mais a sede.

creatinina: pode causar confusão mental, inchaço nas pernas e braços, sensação de falta de ar e cansaço.

Da mesma forma, a perda da função renal ocasiona o acúmulo de fósforo no organismo, que, por sua vez, causa a calcificação dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de problemas como enfarte.

Como o tratamento de hemodiálise pode causar, ao longo do tempo, desnutrição e emagrecimento, é importante que esses pacientes tenham uma dieta mais controlada. “O paciente que faz hemodiálise tem um risco aumentado de desnutrição.

A diálise não impede você de viajar. Aqui você pode aprender sobre os ajustes que você terá que fazer para se tratar com segurança enquanto estiver longe de casa. Para muitos pacientes com doença renal crônica (DRC), manter a mobilidade e possibilidade de viajar é uma parte importante de manter a independência.