Quem faz hemodiálise perde a memória?

Perguntado por: dlessa . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Há algum tempo se sabe que a insuficiência renal crônica, ou perda progressiva da capacidade dos rins de filtrar o sangue — condição que afeta uma em cada 10 pessoas no Brasil —, pode em alguns casos levar ao desenvolvimento de complicações cognitivas como depressão, perda de memória e demência.

A hemodiálise é um tratamento que realiza a filtragem das substâncias indesejáveis do sangue através de uma máquina, ou seja, o procedimento funciona como um rim artificial. O tratamento é imprescindível para manter a vida da pessoa que perdeu a função renal.

As complicações estão principalmente relacionadas aos sistemas cardiovascular e ósseo. Por isso, o paciente pode dialisar sem problemas durante 5 anos e, após esse tempo, começar a se preparar para o transplante, justamente por causa dessas complicações.

As complicações mais comuns durante a hemodiálise são, em ordem decrescente de frequência, hipotensão (20%-30% das diálises), cãibras (5%-20%), náuseas e vômitos (5%-15%), cefaleia (5%), dor torácica (2%-5%), dor lombar (2%-5%), prurido (5%), febre e calafrios (< 1%).

As complicações mais frequentes das sessões de hemodiálise são as caimbras e a hipotensão. Em geral relacionam-se com a remoção de volume (peso) por ultrafiltração. A hipotensão é menos frequente em DPCA porque a ultrafiltração é mais suave, ao longo de 24 horas.

As principais causas de óbito foram: doenças cardiovasculares 45,7%; infecções 23,9%; e neoplasias 13%.

O paciente em hemodiálise poderá conduzir sua vida normalmente, mas isso irá depender do estado clínico de cada um. A pessoa que apresenta boas condições pode trabalhar e ter uma vida social normal, desde que considere e cumpre com as recomendações médicas e horário das sessões do tratamento.

Para os pacientes em hemodiálise, o consumo excessivo de líquidos pode ser perigoso, causando inchaço, aumento da pressão arterial, e também edema agudo de pulmão.

5 – Quem faz hemodiálise precisa realizá-la para sempre ou o rim volta a funcionar? De modo geral, pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica grave precisam realizar o procedimento de forma contínua.

QUANTO TEMPO DURA A HEMODIÁLISE? O tempo varia de acordo com o estado clínico do paciente. Em geral, é de quatro horas, três ou quatro vezes por semana. Dependendo da situação clínica do paciente, o tempo varia de 3 a 5 horas por sessão e pode ser feita 2, 3, 4 vezes por semana ou até mesmo diariamente.

O paciente que necessita fazer hemodiálise passa por diversas limitações e mudanças no seu cotidiano, vivenciando perdas biopsicossociais que poderão gerar várias repercussões em sua vida causando descontentamentos. A percepção que paciente tem de sua própria vida passa a ser muitas vezes distorcida.

A insuficiência renal é reversível quando o problema ainda não se tornou crônico. Assim, em sua fase aguda, a maioria dos pacientes consegue realizar o tratamento e recuperar as funções renais, mantendo uma vida normal a partir daí.

Uma curiosidade: enquanto na hemodiálise o filtro está na máquina, na diálise peritoneal ele é o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos abdominais.

AVC isquêmico
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que baixas concentrações de hemoglobina em pacientes submetidos à hemodiálise estão associadas a um alto risco de acidente vascular cerebral hemorrágico.

Quando o rim entra em fase terminal, os sintomas que surgem são fadiga, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados.

O doente renal crônico pode se sentir cansado e fraco, por isso é difícil para ele conseguir subir um andar de escadas, ou fazer uma caminhada pelo quarteirão. Ele pode sentir a necessidade de dormir mais do que o normal. Pode sentir frio o tempo todo, como se estivesse com febre.

A maioria dos idosos em hemodiálise são frágeis, sendo total ou parcialmente dependentes, o que leva a piores desfechos clínicos e mortalidade. A maioridade também é um fator de risco para déficit cognitivo, que, por sua vez, impacta no aumento da mortalidade em 1,5 a 2 vezes.

A principal vantagem é que você passa a ter um rim que funciona, permitindo que as impurezas sejam eliminadas através da urina todos os dias. As desvantagens são o uso contínuo de medicamentos e a necessidade de passar por um procedimento cirúrgico, além do risco de rejeição.

Durante a sessão de hemodiálise, o paciente pode apresentar intercorrências clínicas que segundo Castro(8) ocorrem devido a alterações no equilíbrio hidroeletrolítico, como por exemplo, a hipernatremia que pode fazer com que o indivíduo apresente cefaléia, náuseas, vômitos, sede intensa, convulsões e eventualmente ...

O portador de doença renal crônica tem direito, principalmente, aos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, conforme o grau de sua saúde.