Quem escuta funk?

Perguntado por: dnogueira . Última atualização: 23 de maio de 2023
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Na faixa etária de 12 a 15 anos, é apontado como o mais escutado por 55% dos entrevistados. Além disso, o ritmo musical é o segundo mais ouvido em 23 estados brasileiros e vem ganhando cada vez mais força também em outros países.

“O funk permite múltiplas opções de negócios com qualquer área comercial ou industrial, já que o público vai de cinco a 50 anos, entre classes sociais diversas”, explica Afonso Marcondes.

Os estilos musicais preferidos são o Pop, o Sertanejo e a MPB, todos com quase 50% de aprovação entre os consumidores nacionais. O Funk tem seus fãs, mas no geral é o que menos agrada, com apenas 20%.

O funk como expressão social e as suas conquistas
Isso significa que, mesmo que uma parcela da sociedade se incomode que o ritmo trate de questões como violência, sexo e drogas ou outros temas, são questões que ocorrem na sociedade geral e, por isso, que devem ser debatidas.

Assim como outras manifestações da cultura negra e periférica do passado — caso do samba e da capoeira —, o funk sofre perseguições. “Atribuo isso ao preconceito de classe e ao racismo, por ser originário de um território marginalizado, como favelas, e ser cantado majoritariamente pela juventude preta”, reflete Gomes.

Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.

O funk dialoga muito com a juventude, porque ela se sente representada pelas letras e é de sensibilidade da população entender que o movimento funk é o maior movimento político, cultural, que conversa com essa parte da população que é desassistida pelo Estado.

Atualmente, o funk é visto como parte da cultura brasileira. Nos últimos anos, ele ganhou subgêneros, um número cada vez maior de artistas surgiram, ganhou destaque internacional e até mesmo se tornou tema de série. O que poucos compreendem é que esse é um ritmo que tem uma importância muito grande para o Brasil.

Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido.

O funk brasileiro tem feito sucesso internacionalmente. De acordo com uma pesquisa do Spotify, divulgada nesta quarta-feira (30/5), o consumo de playlists que tocam o gênero musical cresceu 3.421% fora do país desde 2016. O dado para o crescimento mundial, incluindo o do Brasil, é de 4.694% nos últimos dois anos.

sertanejo

Sabemos que o sertanejo é o gênero musical mais ouvido por jovens de 15 a 29 anos no Brasil.

Sertanejo

Sertanejo é o estilo musical mais ouvido entre os jovens brasileiros, mostra Datafolha.

Os países que mais escutam o funk, além do Brasil, são Portugal, Estados Unidos, Itália, França e Argentina.

Trataremos da questão do funk como movimento contemporâneo que também sofre preconceito linguístico da mesma classe dominante, que prestigia a norma culta e desmerece os outros falares por considerá-los inferiores e, portanto, desvaloriza qualquer iniciativa que represente a linguagem de uma classe excluída – negros e ...

O funk é visto como uma música pobre em termos de qualidade, descartável, um gênero imposto goela abaixo pela indústria cultural.

O funk chega ao Brasil nos anos 70 e conquista músicos como Tim Maia (1943 -1998) e Tony Tornado (1970). Estes serão os responsáveis por misturar o ritmo funk americano à batida da música brasileira.

Atualmente, as denúncias por racismo e agressões feitas por autoridades, vêm numa crescente incontrolável. Quando se fala de Funk e RAP, existe muito preconceito com os artistas, simplesmente por terem vindo de favelas ou comunidades periféricas. Ao ponto de não aceitarem que essa vertente musical possa fazer sucesso.

Aspectos negativos: Alguns acham vulgar, na dança ou no palavreado. Muitas vezes faz apologia a drogas, estupros, e várias violências. as músicas tem graves muito altos.

O funk é um jeito amoral de mostrar a realidade, trazendo a ideia de criminalização e marginalização, além de uma visão corrompida da mulher na sexualidade.

Os estilos rap e funk assumem uma centralidade na vida desses jovens por intermédio das formas de sociabilidade que constroem, da música que criam, e dos eventos culturais que promovem.