Quem é vovó Cambinda?

Perguntado por: icarvalho . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Vovó Cambinda segura o touro, trabalha, cura, dita palavras de sabedoria e chama atenção quando necessário. Como toda avó, é uma mãe que Oxalá nos deu a graça de conviver.

Fumo de Preto Velho
Os Pretos Velhos não utilizam somente o cachimbo, mas também o cigarro de palha […]

A mulher que nunca foi mãe é agora avó de muitos, por isso passa a ser chamada de Vovó Catarina. A menina negra, contrabandeada de sua terra natal pela ganância, arrancada de suas raízes pela cor da sua pele, vendida como mercadoria, açoitada por feitores, cumpre o seu destino de parteira.

Omolú

Como entidades, os Pretos velhos trabalham sob égide de Omolú o Orixá guardião das almas. Chamados carinhosamente de meu pai, vovôs e vovós, os Pretos velhos transmitem humildade, têm muita força espiritual e são grandes orientadores.

Os Pretos-Velhos são muito conhecidos por ajudar em questões de saúde, seja física ou emocional, assim como para encontrar emprego e unir família. Suas magias, chamadas de "mirongas", são poderosíssimas e repletas de mistérios milenares. Nas consultas, utilizam técnicas de benzimento e sugerem banhos com ervas.

Os Pretos Velhos e Pretas Velhas, entidades mais populares da Umbanda, guardam relação direta com a África e com o passado escravagista brasileiro. São ancestrais negros, homens e mulheres idosos, que vivenciaram a escravização com toda a sua violência no 'novo mundo'.

Sarava! A saudação dos Pretos Velhos, quer dizer: salve sua força. Um equivalente ao Namastê – o deus que está em mim saúda o deus que vive em você.

Pegue uma vela palito branca, um galhinho de arruda, guiné e alecrim, um copo de água mineral, uma xícara de café. Acenda a vela branca e ofereça para os Pretos Velhos. Dentro do copo com água, coloque as ervas e, junto, ofereça a xícara de café.

Os Pretos-Velhos são os responsáveis, também, por cuidar das crianças, sendo cultuados ainda em cerimônias de Cosme e Damião. As comidas prediletas deles são café, bolos, fubá, milho e outros alimentos naturais como batata doce, tapioca, mandioca e tudo o que comiam na época do Brasil colonizado.

Vovó Joana viveu na Terra no século XIX e era uma das escravas do avô de Walkyr. Quando tinha 97 anos, ela faleceu em meio às chi- batadas que levou de seu dono. Já desencarnada, a Vovó veio a conhecer o caboclo Zurykan e, por conseqüência, se reencontrou com a família daque- le que havia sido seu carrasco.

O nome da terreira, Pai José de Aruanda, é o nome do preto velho (entidade espiritual) que dirige a Casa no plano espiritual. Vale destacar que em 1955, quando a terreira foi fundada, não havia sede, apenas as imagens e alguns bancos móveis, que transitavam de casa.

Gosta de doces, cocada branca em especial, mas não dá demonstrações de ter sido esta sua principal ocupação na encarnação como escrava. Sentada em um toco de madeira no terreiro contou, certa vez, alguns fatos de sua vida em terra brasileira.

Para incorporar é preciso passar primeiro por um processo de aprendizagem, onde os(as) médiuns aprendem a sentir a energia dos guias e se conectar a eles durante as chamadas “giras de desenvolvimento”, que são restritas às pessoas que trabalham no terreiro.

A falange dos pretos velhos tem vibração originária na linha de Obaluaê, tendo como fundamento proporcionar a evolução dos seres. Muitos deles foram escravos, onde todo o sofrimento e a injustiça vivenciados por eles deram lugar à superação e ao fortalecimento da fé.

Dia 13 de maio é dia de preto-velho na umbanda. Dia de comemorar com festa estas entidades que representam velhos negros e negras, espíritos de antepassados. Velhos escravos que voltam à terra para ajudar as pessoas, e são muito queridos pelos fiéis.

É ele, o preto-velho, um dos responsáveis por manter viva uma memória da escravidão (com seus sofrimentos, sua resistência e sua superação) e, concomitantemente, por auxiliar no sobrepujamento das dores daqueles que o procuram.

São Benedito, também chamado pelos epítetos de "o Mouro", "o Negro" e "o Africano".

Por serem pessoas muito simplórias e pela linha de trabalho que estão, a cor principal que os representam é o branco.

Oxum Abalô: é uma velha Oxum, de culto antigo; Oxum Ijimu: outro tipo de Oxum anciã; Oxum Abotô: também uma velha Oxum de culto antigo; Oxum Apara / Opara: a mais jovem das Oxum.