Quem é o pai da psicologia cognitiva?

Perguntado por: amodesto . Última atualização: 25 de abril de 2023
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Aaron T. Beck

O psiquiatra americano Aaron T. Beck, considerado o pai da terapia cognitiva, uma abordagem desenvolvida na década de 1960 que revolucionou a psicoterapia, morreu nesta segunda-feira (1º) aos 100 anos.

Dentre seus principais representantes pode-se citar: Hull (teoria do Reforço, 1941), Guthrie (teoria da Contiguidade, 1935), Tolman (teoria Cognitiva, 1935), além de outros teóricos, tais como Spencer (1960), Miller e Dollard (1941 e 1952) e Mowre (1930 e 1960) que expandiram os conhecimentos anteriores (Borba, 2005; ...

Foi também em 1956 que foi fundada a inteligência artificial (utilização da analogia da máquina para entender o funcionamento da cognição). Devido aos vários avanços científicos nesse mesmo ano de 1956, este é convencionalmente apontado como nascimento formal da Psicologia Cognitiva (Eysenck & Keane, 1994).

A partir do trabalho pioneiro de Alan Turing, matemático britânico, os psicólogos cognitivistas definiram um “computador” como um conjunto de operações para processar informações, sendo possível existir várias formas de construir um computador.

A mais famosa das teorias do desenvolvimento cognitivo foi desenvolvida pelo biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Para Piaget, o aprendizado é construído pela criança durante sua relação com objetos e pessoas.

A Psicologia Cognitiva é responsável pelos estudos sobre pensamento, aprendizado e percepção de várias situações da vida. Logo, ela avalia os processos mentais, de maneira a compreender como cada pessoa pode perceber os fenômenos da realidade.

Deste modo behavioristas radicais enfatizam a determinação ambiental na compreensão dos comportamentos (abertos e encobertos) do indivíduo, enquanto cognitivo-comportamentais priorizam os processos cognitivos, considerando que o homem reage a um ambiente percebido e não a um um ambiente real.

Os psicólogos cognitivos estudam as bases biológicas da cognição, tanto quanto as imagens mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, as mudanças cognitivas durante o desenvolvimento ao longo da vida, a inteligência ...

Durante os séculos XIX e XX foram marcados por filósofos europeus, como Kant, Heidegger, Jasper, Frankl e outros que desenvolveram a ideia de que “os processos cognitivos conscientes têm um papel fundamental na existência humana”.

A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget
Para o biólogo, ela se modifica junto ao crescimento do indivíduo, partindo de uma inteligência prática, que ajuda o ser humano a se adaptar ao meio, para chegar à inteligência propriamente dita.

Cognição em Wallon
Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental na psicogênese da pessoa completa, sendo o seu desenvolvimento também relacionado às bases biológicas e suas constantes interações com o meio.

Segundo sua teoria denominada "epistemologia genética", a partir do nascimento os seres humanos são submetidos a fases de desenvolvimento cognitivo, do qual ele descreveu quatro estágios de desenvolvimento: sensório, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal.

Piaget defende que o indivíduo se desenvolve a partir da ação sobre o meio em que está inserido, priorizando, a princípio, os fatores biológicos que podem influenciar seu desenvolvimento mental.

Vygotsky sempre teve interesse na descrição e na explicação das funções psicológicas superiores, tais como pensamento, lembrança e planejamento, e foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre a partir da interação social com adultos e pares, e das condições de vida.

A terapia cognitivo-comportamental, bem como as suas ramificações (aceitação e compromisso, comportamental, analítico-cognitiva, racional emotiva comportamental), está fundamentada em uma larga base científica documentada ao longo de décadas, com contribuições de diferentes ramos da psicologia.

A Psicologia Cognitiva busca avaliar o comportamento humano tendo como base aspectos que não são observáveis. Com isso, ela avalia as ideias que surgem na cabeça do paciente e quais respostas emocionais e comportamentais são desencadeadas. Tais pensamentos não correspondem necessariamente à realidade objetiva.

A psicologia cognitiva é a vertente da psicologia que salienta a importância das cognições como reguladoras do comportamento humano. As cognições são todas as formas de conhecimento, ou seja, englobam o pensamento, o raciocínio, a compreensão, a imaginação e, por exemplo, o julgamento.

Abordagem cognitivista está ligada a construção do conhecimento, do pensamento crítico e reflexivo, visto que a criança desde cedo deve ser colocada diante de situações que possibilitam desenvolvimento de suas funções cognitivistas primárias: Como o desenvolvimento sensorial que estimula a percepção, atenção, memória, ...

A corrente cognitivista enfatiza o processo de cognição, através do qual a pessoa atribui significados à realidade em que se encontra. Preocupa-se com o processo de compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação envolvido na cognição e procura regularidades nesse processo mental.

A cognição é uma função psicológica ligada ao aprendizado e desenvolvimento intelectual e emocional. Assim, termos como capacidade cognitiva ou desenvolvimento cognitivo indicam a habilidade de adquirir conhecimentos e desenvolver emoções, por meio do raciocínio, percepção, linguagem, memória, entre outros.

Existem quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e operações formais.