Quem é o dono da energia no Brasil?

Perguntado por: ufigueiredo . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O empresário Jorge Queiroz, dono do grupo Rede Energia, deu um calote de cerca de 6 bilhões de reais em seus credores e zarpou para a Europa em maio.

Em relação à Eletrobras, o documento diz que a companhia “será mantida como patrimônio do povo” para viabilizar programas sociais, como o Luz Para Todos, “e uma política sustentável de modicidade tarifária”.

1995

Sob esse contexto, o Governo Brasileiro decidiu implementar diversas mudanças no setor elétrico. O processo de privatização das empresas de distribuição de energia elétrica teve início em 1995.

O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) foi o coordenador líder da transação. De tudo que foi vendido, o investidor individual, de varejo, assumiu R$ 9 bilhões, ou 27%.

Enel Brasil: empresa líder em distribuição de energia elétrica. A Enel Brasil, do grupo italiano Enel, ocupa o primeiro lugar do ranking como uma das maiores empresas de energia do Brasil. A companhia integra o mercado global de energia e gás em mais de 31 países.

A China é quem encabeça o ranking, seguida por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia, Austrália e Itália. Com 24 GW de potência energética instalada, está o Brasil. Holanda e Coreia do Sul fecham o ranking mundial.

Na lista estão as empresas: Correios, Eletrobras, Telebras, Casa da Moeda, EBC, Lotex, Codesp, Emgea, ABGF, Serpro, Dataprev, CBTU, Trensurb, Ceagesp, Ceasaminas, Codesa, Ceitec.

A Eletrobras deixou de ser controlada pela União em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Crítico da iniciativa, Lula venceu a eleição quatro meses depois, prometendo rever o processo de privatização e defendendo uma retomada do protagonismo que as estatais tiveram nos governos do PT.

Outras empresas
No governo Bolsonaro, a Petrobras também vendeu a TAG (Transportadora Associada de Gás), que agora aluga seus dutos à estatal. Ainda privatizou a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) e outras companhias. Muitas também ainda estão em processo de privatização, como os Correios.

Entre elas, as montadoras Ford, Mercedes Benz e Audi, a fabricante de eletroeletrônicos Sony, laboratórios farmacêuticos, caso da Roche e da Eli Lilly, e varejistas, Walmart e Fnac.

Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) executou as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões de reais foram aos cofres públicos provenientes de privatizações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para impedir o agravamento da dívida pública.

O governo tem 43% das ações [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a um voto. Os nossos quarenta [por cento] só valem um [voto]. Quem tem 3% tem o mesmo direito do governo.

O governo abriu ao setor privado a possibilidade de concessões e permitiu contratos da YPF com terceiros. Essas medidas foram parcialmente anuladas em 1974 e posteriormente reorganizadas em 1985 pelo governo de Raúl Alfonsín. Mas a privatização só foi concretizada no fim do governo de Carlos Menem, em 1999.

O governo Fernando Henrique Cardoso realizou quatro leilões de área exploratória. Teve menos tempo para fazer leilões pois teve que trabalhar no Congresso Nacional a mudança na lei para a abertura do setor e o fim do monopólio da Petrobras.

Publicado em 11 de fevereiro de 2023 às, 12h44. O governo brasileiro terá que pagar R$ 161,7 bilhões se quiser ter o controle da Eletrobras novamente, bem acima dos R$ 33,7 bilhões obtidos pelo governo Bolsonaro com a venda do controle da ex-estatal, em junho do ano passado.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez o acompanhamento da desestatização das distribuidoras de energia elétrica então controladas pelas Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

Belém

A conta de luz no Brasil pesa no bolso dos consumidores. Apesar de o país ter um sistema de energia interligado, o custo final para as famílias sofre grandes variações de valores.

Primeiramente, vê-se que o setor de commodities é muito forte no país: Petrobras (petróleo e gás) e Vale (mineração) são as maiores empresas do país. Além disso, o mercado financeiro também domina a lista de maiores companhias do Brasil: Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, BTG e Santander são todas empresas desse setor.

Reprodução do relatório da Intelbrand. As marcas de cerveja Skol e Brahma vêm em seguida, com valores de R$ 18,9 bilhões e R$ 13,3 bilhões. Quem são as 10 pessoas mais ricas no Brasil em 2023: 1. Jorge Paulo Lemann - US$ 16,1 bilhões.