Quem é Kant na Filosofia?

Perguntado por: naguiar . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” - sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a pedra angular da filosofia moderna. Sua obra-prima “Crítica da Razão Pura” deu início a grande era da metafísica alemã.

A partir da teoria de Kant, os objetos são alvo de sensações que geram impressões. Contudo, os objetos precisam existir de forma reconhecível no campo físico para que essas impressões tenham sentido. Por isso, o conhecimento das coisas do mundo é influenciado pela sensibilidade e o entendimento.

Em termos de filosofia politica, Kant foi uma expoente da ideia de que a Paz Perpétua seria o resultado da história universal, sendo atingida, em algum momento, e garantida sem um planejamento racional, mas pela cooperação internacional.

A filosofia teórica de Kant conclui pela impossibilidade de o intelecto produzir conhecimento por si mesmo. A experiência é a origem do conhecimento e o entendimento possui o papel de organizador das informações da sensibilidade.

"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Kant)

Para Kant, a liberdade é a autonomia de cumprir seu dever de acordo com as Leis da Natureza. Dessa forma, somos donos de nós mesmos e de nossas ações.

Alguns décadas depois, o filósofo iluminista Immanuel Kant (1724/1804), na obra “Crítica da razão prática” definiu a felicidade como “a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade”.

Deste modo, a ética de Kant apresenta-se fundamentada na ideia do dever. A ética que se baseia no dever é chamada de ética deontológica. Deontologia deriva do grego deon, que significa "dever". Deontologia seria a "ciência do dever".

Liberdade para todos os membros da sociedade; dependência de todos e de cada um a uma legislação comum; igualdade, como cidadãos, perante a lei.

Immanuel Kant representou uma mudança importante na forma como se pensava a relação entre o sujeito que conhece e a realidade que procura conhecer no século XVIII. Pode-se considerar que encarnou o espírito iluminista, considerando que pensar é uma atividade autônoma e que se deve ter coragem para empreendê-la.

Para isso, Kant postula a necessidade da existência moral de Deus, ou seja, ele afirma que essa necessidade moral “é subjetiva, isto é, uma carência, e não objetiva, ou seja, ela mesma um dever; pois não pode haver absolu- tamente um dever de admitir a existência de uma coisa (porque isto concerne meramente ao uso ...

A ética kantiana é a ética do dever, autocoerção da razão, que concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arrogância e o amor próprio, e é tido como princípio supremo de toda a moralidade.

Segundo Kant a moral é advinda do senso comum, estando entrelaçado este conceito diretamente com o arbítrio e a lei universal da liberdade. A moral deve ser entendida como gênero, sendo a ética e o direito espécies, de maneira que o direito deve estar em conformidade com os ditames da moral.

Principais conceitos defendidos por Immanuel Kant
A grande característica dos pensamentos que envolvem Kant está em seu julgamento estético e teleológico, onde estes se unem a fim de juntar os julgamentos empíricos e morais; unificando o sistema social como um todo.

Em Kant, há duas principais fontes de conhecimento no sujeito: A sensibilidade, por meio da qual os objetos são dados na intuição. O entendimento, por meio do qual os objetos são pensados nos conceitos.

O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant, filósofo alemão.

Segundo Kant, a sociedade se organiza conforme a justiça, quando cada um tem a liberdade de fazer o que quiser, contanto que não interfira na liberdade dos demais.

O que é Ética? Enquanto a moral se relaciona com a motivação da ação de um indivíduo ou sociedade, a ética trabalha com o estudo desses princípios. De modo geral, então, a ética discursa sobre os fundamentos da moral e como eles influenciam os contextos sociais.

A noção kantiana de maioridade depende fundamentalmente da formação dos indivíduos. Essa formação deve oportunizar o desenvolvimento das capacidades dos sujeitos, deve habilitá-los ao uso público e livre do entendimento e, para isso precisa considerar o outro como parte fundamental do processo.

O sentido da vida na filosofia antiga consiste principalmente da aquisição da felicidade (eudaimonia). Esta era comumente considerada a característica mais elevada e mais desejada.

Segundo Kant, a felicidade não é um ideal da razão, mas sim da imaginação, afastando a associação da felicidade com a virtude. A ação moral não faz o homem feliz, antes lhe dá condições para o homem se tornar digno de ser feliz. Para Espinosa, não existe felicidade maior do que compreender e pensar.