Quem é a Nossa Senhora Aparecida no candomblé?

Perguntado por: rribeiro . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Oxum

No Candomblé e na Umbanda, Oxum é sincretizada à Nossa Senhora Aparecida e representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.

Filha de Oxum é vaidosa, valoriza muito o amor, seja o próprio ou por outras pessoas, exalam beleza e sensualidade, pois são seres honestos e dedicados. Herdando as características dessa poderosa orixá, as filhas ostentam carinho e calmaria, tendo assim muita sorte no amor.

A mesma coisa aconteceu com Exu, que é o demônio segundo algumas tradições no Brasil, mas é o mensageiro entre os homens e os deuses segundo outras. Assim, pode ser associado a esse mensageiro, que, no sistema cristão, é Jesus.

Santa negra
A tradição católica ensina que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi “pescada” por João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia.

Mesmo considerado um mestre juremeiro, Zé Pilintra, ou simplesmente Seu Zé, é umas das representações mais populares das macumbas cariocas, de onde chegou aos terreiros de umbanda, tendo seu culto difundido em todo o Brasil.

Convocando o orixá para uma audiência em seus palácios, Xangô utilizou da força de seus soldados para transformar Oxumarê em prisioneiro. Ao perceber a trama na qual tinha caído, a bela divindade chamou pela ajuda de Olorum. Atendendo a seu pedido, Olorum transformou Oxumarê em uma temível cobra.

Oxumarê no Brasil
Quando dançam, levam, nas mãos, pequenas serpentes de metal e apontam o dedo indicador para o céu e para a terra num movimento alternado. As suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê.

Uma coruja branca, imensa, com suas asas platinadas, bico dourado, sobrevoou silenciosamente a terra, parou sobre a montanha karé e, de forma insistente, perfurou o chão uma, duas, três vezes, muitas vezes...

Gostam de cuidar, de servir, porém tendem a serem preguiçosas. São astutas. Gostam da arte da magia, sendo muito perceptivas. No lado negativo, fazem feitiçaria, rogam pragas e são muito ardilosas.

Quem deseja agradar a Oxum deve lhe oferecer flores de cor amarela, lírios, mel, frutas e alimentos doces. Além desses, podem ser ofertados milho branco, arroz, fava e feijão preto. O prato que mais lhe agrada é o mulukun, que consiste na mistura de feijão fradinho, cebola, sal e camarão.

Por influência kardecista na umbanda, Pombagira é o espírito de uma mulher (e não o orixá) que em vida teria sido uma prostituta ou cortesã, mulher de baixos princípios morais, capaz de dominar os homens por suas proezas sexuais, amante do luxo, do dinheiro, e de toda sorte de prazeres.

A mitologia africana aponta, além dos orixás, a existência de um deus soberano, chamado de Olódùmarè. Quanto aos orixás cultuados, a quantidade varia de acordo com o tipo de candomblé. Em geral, há em torno de dezesseis ou vinte orixás, cada um com sua qualidade e especificidade.

Olorum

Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.

Principalmente nos Estados do Sudeste e do Centro-Oeste, o sincretismo religioso tratou de associar Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, homenageada no feriado de 12 de outubro, a Oxum, o orixá feminino das águas doces, cultuado em religiões afro-brasileiras no dia 8 de dezembro.

Oxum é o sincretismo religioso de Nossa Senhora Aparecida
No Sudeste e Centro-Oeste, Oxum é associada à Nossa Senhora Aparecida. A Orixá é conhecida por ser a rainha das águas calmas, simboliza as mulheres, as protege e traz fertilidade. Já a Padroeira do Brasil é a mãe de Jesus, considerada sensível e milagrosa.

José Pelintra, ou simplesmente Zé Pilintra, negro. matuto em vida e no universo espiritual, conhecido por.

Quem se diz filho de Zé Pelintra é uma forma de expressar que tem uma devoção e identificação muito forte com essa entidade. É comum também alguns umbandistas se dizerem filhos dessa entidade porque é ela quem rege a sua mediunidade, daí criam um laço afetivo e espiritual intenso.

Dizer ser filho de Zé, é na verdade uma expressão usada para se referir àqueles que tem uma devoção muito forte depositada nessa entidade. Ela se popularizou, assim como, tudo que envolve Zé Pelintra. Da mesma forma acontece com as afirmações “sou filho de Tupinambá” ou “Tranca Ruas é meu pai”, por exemplo.

Os filhos de Oxumaré não apreciam a monotonia ou repetitividade no seu dia-a-dia, mulheres ciumentas, a mesma comida todo dia, locais fechados ou abafados, pessoas inoportunas (os aproveitadores), pessoas de natureza iracunda ou irritantes ou mal-humorados.

Para Verger (1999), “Oxumarê apresenta-se como uma serpente que morde a sua própria cauda, formando assim um círculo fechado. Simbolizando a força vital do movimento e de tudo o que é alongado, ele sustenta a terra impedindo-a de desintegrar-se”.