Quem doa rim pode ter vida normal?

Perguntado por: aperes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Rins para pacientes internacionais precisam ser de doadores vivos. Membros da família ou outros que têm uma boa compatibilidade são capazes de doar um dos seus rins. Esse tipo de transplante é conhecido como transplante de doador vivo. O doador do rim pode viver com apenas um rim saudável.

Quais são os riscos? O Dr. Alan Castro explica que, para o doador vivo, os riscos são mínimos, pois ele passa por uma avaliação rigorosa e, após o procedimento, poderá viver com apenas um rim, desde que mantenha hábitos de vida saudáveis, não ganhe peso e não fume.

Doar um rim não está associado à maior risco de mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 ou desfechos psicossociais adversos em doadores. A pressão arterial diastólica pode se elevar a longo prazo, assim como a taxa de eliminação de albumina (proteína) na urina.

O Projeto de Lei 920/21 concede auxílio-funeral no valor de três salários mínimos (R$ 3.135, em valores de hoje) e isenção de taxas e tarifas relacionadas ao serviço funerário para a família da pessoa que tiver doado órgãos e tecidos para transplantes. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

A previdência social considera que o transplantado renal está apto ao trabalho, após três meses do transplante.

A recuperação no pós transplante
Após a cirurgia, inicia-se o período de recuperação do transplante renal, que geralmente dura de 5 a 7 dias. Eventualmente, o paciente necessita permanecer internado por mais tempo, pois seu rim ainda não começou a funcionar, situação comum quando o doador é falecido.

A sobrevida média, segundo a literatura, é de 10 anos, mas sabemos que isso depende de muitos fatores, como serviço, atendimento, horas de diálise, etc.

Os riscos para o doador vivo são considerados relativamente pequenos. Isso porque a cirurgia estabelecida é bastante segura. Mas, ainda assim, podem haver algumas complicações como infecções na ferida, pneumonia, trombose dos membros inferiores, entre outras.

É necessário continuar indo ao médico mesmo após o transplante renal? Sim, é importante manter o controle e acompanhamento junto ao médico nefrologista mesmo após o transplante renal.

De acordo com o novo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes, pessoas com até 18 anos têm prioridade para receber órgãos de doadores na mesma faixa etária. Além disso, todas as crianças e adolescentes podem se inscrever na lista para transplante de rim, mesmo antes de entrarem em algum tipo de diálise.

A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de tratamento, cujo custo pode variar de R$ 4.000,00 a R$ 70.000,00. O Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo!

Um transplante que ocorra sem complicações dura em torno de três a quatro horas. Basicamente o novo rim é implantado na parte inferior do abdômen, próximo à bexiga, por meio da união dos vasos sanguíneos do órgão com os do receptor.

A aposentadoria por invalidez é concedida ao paciente transplantado desde que haja incapacidade para o trabalho e essa incapacidade seja considerada definitiva pela perícia médica do INSS.

Os benefícios previdenciários aos quais os portadores de doença renal crônica têm direito são aposentadoria e auxílio-doença. Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, é necessário ser beneficiário dela na condição de segurado ou dependente.

Em relação ao fato de agora ter apenas um rim, isso não traz qualquer comprometimento para a saúde do doador.

O ganho excessivo de peso corporal é comumente observado após a realização do TxR. Estima-se que a predominância desse fator de excesso de peso pós-transplante seja maior que 40% dos casos. Em média, no primeiro ano após o procedimento, observa-se aumento de 10% no peso corporal do paciente.

O sobrepeso contribui para um maior risco de complicações metabólicas e cardiovasculares em pacientes transplantados. Dieta e atividade física devem ser incluídas em suas rotinas para evitar o ganho excessivo de peso e aumentar a qualidade de vida após o transplante.

Alimentos ricos em sódio que deverão ser evitados: Alimentos enlatados e embutidos: salsicha, presunto, salaminho, mortadela, hambúrguer industrializado, lingüiças, patês industrializados, sardinha, atum, carnes salgadas ou defumadas, charque, picles, azeitonas, palmito, etc.

A infecção do trato urinário é a infecção mais comum em pacientes transplantados renais, com prevalência variável de 35% a 80%, sendo observada principalmente durante os três primeiros meses de acompanhamento após o transplante.

Se o paciente tem um doador, é necessário realizar o exame de compatibilidade, pois os dois precisam ter compatibilidade sanguínea (o fator RH positivo ou negativo não importa). Assim, o paciente que tem sangue tipo O só pode receber rim de doadores O. Os que possuem sangue do tipo A podem receber de O ou A.

Para os pacientes em hemodiálise, o consumo excessivo de líquidos pode ser perigoso, causando inchaço, aumento da pressão arterial, e também edema agudo de pulmão.