Quem dita os padrões de beleza?

Perguntado por: epinho . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Atualmente, o tal “padrão de beleza” vem sendo ditado pela indústria da moda e dos cosméticos a fim de atender as necessidades do mundo do glamour. O resultado é a valorização de roupas e maquiagens na busca por mais vendas.

Augusto Cury, escritor, retratou justamente em seu livro “A ditadura da beleza e a revolução das mulheres” o cotidiano de mulheres que sofrem caladas as consequências de uma cruel realidade do mundo moderno, a ditadura da beleza.

Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos.

Nos dias atuais, o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define o belo como algo “que tem forma ou aparência agradável, perfeita, harmoniosa. Que desperta sentimentos de admiração, de grandeza, de nobreza, de prazer, de perfeição.”

É possível viver fora dos padrões de beleza
Existem 7 bilhões de corpos no mundo fora dos padrões de beleza. Até a mais magérrima das modelos nas passarelas terá 'imperfeições' em seu corpo, na visão do padrão de beleza.

Porém, a história da beleza mostra que nem sempre foi assim. Na Pré-História, o ideal de beleza feminina eram justamente as mulheres voluptuosas, cheias de curvas generosas nos seios, barriga, bumbum e coxas. Você já deve ter visto uma imagem da famosa Vênus de Milo, que corresponde exatamente a essa descrição.

O real padrão de beleza deve ser apenas um: você valorizar sua beleza como única. Somos parte de um mundo repleto de diversidade. Isso significa que todos os dias convivemos com pessoas diferentes de nós. Essas diferenças podem ser de crença, gênero, raça e orientação afetiva.

Mas no Brasil, o padrão se consolidou pela sensualidade, seios fartos e quadris largos, muito influenciado pela cultura indígena, carnavalesca e liberdade de exposição de corpos. A psicóloga aponta que, atualmente, “o padrão de beleza no Brasil é um corpo malhado, esculpido e atlético.

A imposição de um padrão de beleza pode trazer inúmeras consequências, desde problemas de autoestima até o desenvolvimento de distúrbios relacionados à autoimagem. O desenvolvimento de transtornos alimentares também é uma consequência comum e perigosa da imposição do padrão de beleza.

Pesquisa aponta que 84% dos brasileiros se preocupam com padrões de beleza. Outros 4% afirmam se considerar belos.

O corpo já não é mais visto como um instrumento, como uma máquina, como uma estrutura que já nasce pronta, fixada. Cada vez mais o corpo é visto como algo que se revela aberto a mudanças, como um processo vivo, em constante transformação.

A partir dos anos 90, tornou-se evidente a cobrança a respeito da beleza masculina. Desde então, eles têm se mostrado mais vaidosos e interessados na forma física. Porém, a preocupação com a estética ainda é mais acentuada entre as mulheres.

O padrão de corpo, bastante divulgado na sociedade atual, consiste em mulheres jovens, magras, e com o corp. O corpo ficou banalizado. A mídia impõem o corpo ideal para toda a sociedade utilizando de inúmeras propagandas, com pessoas famosas e bem sucedidas relacionando muitas vezes o sucesso delas com o seu corpo.

Beleza é algo bem relativo, todos possuem a sua. Ninguém é totalmente feio assim como ninguém é perfeito isto depende muito do ponto de vista, o que agrada ao meu pode não agradar ao de outra pessoa e vice e versa.

Para Platão, a beleza deve ser comparada ao amor, que se caracteriza pela insuficiência, ou seja, amamos algo que desejamos e não o temos. Da mesma forma que o amor, o filósofo não tem a beleza, mas a deseja, anela a sabedoria sem possuí-la.

São fundamentais na compreensão contemporânea da Estética as obras Hípias Maior, O Banquete e Fedro, de Platão; a Poética, de Aristóteles; a Crítica da Faculdade do Juízo, de Kant; e Cursos de Estética, de Hegel.

Ela explica que essa inadequação pode trazer consequências, como distúrbios psicopatológicos que afetam a vida do usuário, além de visões negativas de si, baixa autoestima, insatisfação e infelicidade, acompanhados de patologias como ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo e de compulsão alimentar, como ...

A estética favorece na vida social porque a sociedade atual impôs uma ideologia onde afirma que devemos manter o corpo em forma, ou seja, “malhado”, então dessa maneira a pessoa que tem seu corpo considerável “perfeito” em muitos casos é mais favorecido na vida social de que outra que não tem o chamado corpo “ideal”.

Portanto, destaca-se que os padrões de beleza construídos socialmente, têm influenciado as pessoas por uma busca excessiva em se igualar ao modelo corporal idealizado, e assim, acaba por influir em determinadas patologias, como a depressão, bulimia, ansiedade social, transtorno dismórfico corporal, entre outras.

O padrão de beleza no Brasil
Em média, as medidas das brasileiras são 97,1 cm de busto, 85,4 cm de cintura e 102,1 cm de quadril.