Quem destruiu as missões?

Perguntado por: anovaes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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As missões sofreram sucessivos ataques, principalmente pelos mercadores de escravos. Como estratégia para livrar os índios, em 1818, os jesuítas propuseram que os indígenas se tornassem vassalos do rei.

As missões acabaram após a expulsão dos jesuítas em 1759 pelo Marquês de Pombal, por conta da sua influência e domínio da educação, além da sua autonomia própria, desvinculada do Estado de Portugal.

Em 1759 os padres Jesuítas foram expulsos do Brasil por um ato baixado pelo Marques de Pombal, que então era o 'primeiro ministro' do reino de Portugal. Pombal (imagem) decretou o fim das Capitanias Hereditárias, fechou as escolas católicas que eram dirigidas pelo jesuítas, e combateu as Missões e Reduções Jesuíticas.

Tratado de Santo Ildefonso
A assinatura do acordo encerrava a disputa dos dois países pela colônia de Sacramento. Pelo acordo, os espanhóis mantinham a colônia e a região dos Sete Povos das Missões. Eles devolveram aos portugueses Santa Catarina e reconheceram a soberania lusa sobre a margem esquerda do rio da Prata.

O declínio dessas reduções se deu pelas divergências das políticas entre Portugal e Espanha, principalmente após o Tratado de Madri, de 1750, em que as reduções do Sul do Brasil ficaram com os portugueses em troca da Colônia do Sacramento para os espanhóis.

As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil Colônia, entre os séculos 16 e 18.

Sua fundação é atribuída aos padres missionários Cristobal de Mendoza e Paulo Benevides. A partir de 1637, os ataques dos caçadores paulistas de índios aos aldeamentos de catequizados dos jesuítas se intensificaram o que provocou o deslocamento do Povo de São Miguel Arcanjo para as terras de Concepción.

Como o objetivo principal dos bandeirantes era a captura de indígenas para a escravidão, eles descobriram que o ataque às missões jesuíticas eram uma rentável alternativa, em que poderiam obter índios acostumados a uma rotina de trabalhos braçais.

21 de setembro de 1757

Em 21 de setembro de 1757, os jesuítas foram expulsos da corte e foi emitida uma proibição geral de entrada na corte a todos os membros da Companhia de Jesus.

Além destes conhecerem muito bem o território, os padres jesuítas tornaram-se empecilhos para a escravidão, porque defendiam os índios para serem catequizados.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

No século XVIII, sob o domínio de Marquês de Pombal, as missões jesuíticas ou reduções foram destruídas, muitos padres e indígenas foram massacrados e os jesuítas remanescentes foram expulsos do Brasil.

Entre 1753 e 1756, os dois lados entraram em guerra, de modo que as tropas luso-espanholas venceram os Guarani na Batalha de Caiboaté, em 1756. Milhares de indígenas perderam suas vidas e as missões jesuíticas foram destruídas.

Pombal após a expulsão dos jesuítas institui o regime de aulas régias, sistema de aulas de disciplinas isoladas, sem planejamento sistemático, sem a presença de um currículo organizado e através do qual os professores além de desmotivados (devido a baixa remuneração) eram despreparados.

O marquês de Pombal ordenou a expulsão dos jesuítas em 1759, e isso foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma e sem o controle da metrópole.

Esses novos aldeamentos estabeleceram-se na bacia do Rio Uruguai a partir de 1682, e foram conhecidos como “Sete Povos das Missões”, são eles: São Borja (1682); São Nicolau, São Miguel e São Luiz Gonzaga (1687); São Lourenço (1691); São João (1697) e Santo Ângelo (1706).

Guerra dos Bárbaros foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas tapuias que aconteceram nas capitanias do Nordeste do Brasil, a partir de 1683.

Os jesuítas eram padres que pertenciam à Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada em 1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja a partir do papa Paulo III em 1540.

Sete Povos das Missões foram povoados indígenas comandados por Jesuítas espanhóis que se instalaram no Sul do Brasil na fronteira com a Argentina, Uruguai e Paraguai com a intenção de impedir que os portugueses expandissem o território mais a Sul da América.