Quem criou o 13º salário?

Perguntado por: uibrahim . Última atualização: 11 de janeiro de 2023
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Mas pouca gente conhece a história de uma outra conquista daquele ano: a do 13º salário, benefício garantido em lei sancionada pelo presidente João Goulart em 13 de julho de 1962.

1962

REPÓRTER: O décimo terceiro salário, também conhecido como gratificação natalina, foi instituído no Brasil em 1962 pela Lei 4.090. A norma garante que o trabalhador receba o correspondente a um doze avos da remuneração por mês de serviço, ou seja, um salário extra ao fim de cada ano.

Quem paga o décimo terceiro? No caso dos trabalhadores de carteira assinada o pagamento é realizado pelo empregador, conforme determina a Lei º 4.090/1962. Já os aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS recebem a gratificação pela Previdência Social.

No Brasil, a primeira legislação trabalhista foi criada em 1934, no governo de Getúlio Vargas, garantindo aos trabalhadores direitos básicos, como salário mínimo, jornada de trabalho como conhecemos hoje, de 8 horas diárias, férias e liberdade sindical.

Ernesto Geisel

Apenas em 1977, por meio de decreto-lei do então presidente Ernesto Geisel, é que os atuais 30 dias foram estabelecidos. Por fim, em 1988, com a promulgação da atual Constituição, um novo direito foi criado: o adicional de um terço ao salário que se recebe durante as férias.

No Brasil o salário mínimo surgiu no século XX na década de 30, com a promulgação da Lei de nº185 em janeiro de 1936 e decreto de lei em abril de 1938. No dia 1º de Maio o então presidente Getúlio Vargas, fixou os valores do salário mínimo que começou a vigorar no mesmo ano.

O salário mínimo, a cada ano, sofre um reajuste de acordo com os avanços da inflação. Por isso, saiba qual o novo valor para 2023! Em 1940, no dia 1º de Maio, foi instituída a lei do salário mínimo no Brasil, pelo então presidente Getúlio Vargas.

A CLT foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A consolidação das leis unificou toda a legislação trabalhista então existente no país e inseriu de forma definitiva os direitos trabalhistas na legislação brasileira.

REPÓRTER - Mas e a palavra salário, de onde veio? A origem do vocábulo vem exatamente de um desses produtos que eram usados como troca pelos serviços prestados, o sal, como detalha o historiador, Arnaldo de Castro.

O cálculo do 13º salário se dá pela divisão da remuneração integral por 12 e a multiplicação do resultado pelo número de meses trabalhados. Outras parcelas de natureza salarial, como horas extras, adicionais (noturno, de insalubridade e de periculosidade) e comissões também entram nesse cálculo.

A palavra remuneração passou a indicar a totalidade dos ganhos do empregado decorrentes do vínculo empregatício, pagos diretamente ou não pelo empregador e a palavra salário, para indicar os ganhos recebidos diretamente pelo empregador pela contraprestação do trabalho.

O 13° salário pode ser pago por ocasião da extinção do contrato de trabalho, seja esta pelo término do contrato, quando firmado por prazo determinado, por pedido de demissão ou por dispensa, mesmo ocorrendo antes do mês de dezembro. . O empregado dispensado por justa causa não tem direito ao 13° salário.

1 de maio de 1943

Como surgiu o terço constitucional de férias? O surgimento do 1/3 de férias tem raízes ainda na década de 1940. Naquela época, foi aprovada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), por meio do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943.

Férias. Como era: direito a 30 dias de férias, podendo fracioná-las em dois períodos, sendo que um não poderia ser inferior a 10 dias. 1/3 do período total poderia ser pago em forma de abono pecuniário.

As férias funcionam como uma válvula de escape após um ano de trabalho. Sua falta é responsável por casos de estresse, insônia, mal humor, perda de concentração e até mesmo acidentes de trabalho. Se desligar do trabalho não é algo fácil, nem mesmo durante as tão sonhadas e necessárias férias.

O trabalho no verão é insuportável, sobretudo quando não temos a perspectiva de um tempo de folga mais à frente. Na França dos anos 30, o movimento trabalhista fez da luta por férias remuneradas uma prioridade - e obrigou os patrões a pagar pelo nosso lazer na praia.