Quem criou a teoria da renda?

Perguntado por: apereira . Última atualização: 3 de maio de 2023
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O mérito de Ricardo, segundo Marx, foi ter convertido a teoria da renda da terra em um dos fundamentos mais importantes de todo o sistema da economia política e, ao mesmo tempo, ter dado a essa categoria uma importância teórica nova.

Ricardo explicou como a renda se constituía como uma função da taxa de juros, sobre o retorno do capital, que acabava diminuindo as bases da acumulação capitalista, ao direcionar uma parte dos lucros dos capitalistas agrícolas aos proprietários de terras.

Da perspectiva dele, a receita das vendas de seu produto é um meio em potencial para sua sobrevivência — ou, alternativamente, é a sua renda. Desta renda, se ele subtrair todos os custos incorridos na produção e no transporte do produto, ele terá o lucro.

O pensamento liberal foi defendido por Adam Smith, considerado como o pai do liberalismo e fundador da escola clássica. Da mesma forma os filósofos e economistas ingleses Thomas Robert Malthus e David Ricardo expandiram as ideias do liberalismo econômico.

Em sua teoria, a liberdade e a propriedade privada são os elementos principais. Cada indivíduo deve ser livre para decidir todos os aspectos relacionados à sua própria vida e seus interesses, principalmente quando o assunto for as relações de trabalho e o uso do seu capital.

Segundo Blaug (1989), a renda para Ricardo era a diferença entre o total produzido em relação ao que é produzido na última terra cultivável. Havendo terras de diferentes qualidades a renda econômica diferencial cresceria e o fenômeno explicativo disso é a escassez.

Até 1848, Marx viveu confortavelmente com a renda oriunda de seus trabalhos, seu salário e presentes de amigos e aliados, além da herança legada por seu pai.

Renda, segundo a economia clássica, é a remuneração dos fatores de produção: salários (remuneração do fator trabalho), aluguéis (remuneração do fator terra), juros e lucros (remuneração do capital).

Origem. A origem da renda é um tema controverso entre os historiadores. Para os que afirmam sua origem italiana, tomam como fonte um testamento de 1493 da família milanesa Sforza.

Tudo começou em Veneza, aproximadamente no século XVII, quando a renda começou a ser utilizada nos mantos produzidos para a nobreza, e nos vestidos de casamento das famílias ricas.

Esta renda recebida pelos proprietários de terrenos menos férteis, em virtude do direito de propriedade e, por consequência, da limitação do solo, é chamada por Marx, renda absoluta.

O lucro é a mais-valia tomada em relação a todo o capital invertido na produção e que aparece exteriormente como tendo sido engendrada por este capital. Devido a isto, Marx denomina o lucro de forma metamorfoseada da mais-valia.

Para a teoria marxista, é através da exploração de mais-valia absoluta e relativa que o capitalista obtém seus lucros. Dessa maneira, trabalhadores e capitalistas estão em classes opostas: o ganho de um representa a perda para o outro.

Smith associa o preço real da mercadoria à ideia de valor. Se o homem é rico ou pobre conforme a quantidade de serviço alheio que está em condições de encomendar ou comprar, o valor de uma mercadoria é a quantidade de trabalho que a mesma permite comprar ou comandar.

O inglês fundou o empirismo, teoria que defende a experiência como única forma de conhecimento do mundo, e foi um dos principais filósofos contratualistas - que explicam que o surgimento do Estado ocorre a partir de acordos ou contratos sociais.

A ideia de mais-valia já estava presente no desenvolvimento da teoria econômica britânica de Adam Smith, a qual Marx trabalhará na sua crítica. De acordo com a teoria econômica marxista, existe uma disparidade entre o salário que o trabalhador recebe com o valor que ele produz a partir da sua atuação.