Quem criou a escravidão do Brasil?

Perguntado por: ldrumond . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A escravidão no Brasil foi implantada nas primeiras décadas da colonização e aconteceu na década de 1530, quando os portugueses implantaram o sistema das capitanias hereditárias e deram início ao processo de colonização da América Portuguesa.

Com a expansão mercantilista portuguesa, em meados do século XVI, o tráfico de escravos negros africanos para o Brasil colônia passou a ser realizado para suprir a necessidade de mão de obra.

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

Essa é a Dona Maria do Carmo Gerônimo, a última escrava do Brasil. Ela nasceu em Carmos de Minas, a 5 de Março de 1871, poucos meses antes da aprovação da Lei do Ventre Livre, e morreu em 14 de Junho de 2000, aos 129 anos de idade.

Na região geográfica da Senegâmbia, entre 1300 e 1900, quase um terço da população foi escravizada.

A escravidão no Brasil iniciou-se em meados de 1530, quando os portugueses começaram a implantar de maneira efetiva as medidas de colonização da América portuguesa. O processo de escravização começou para atender as demandas portuguesas por mão-de-obra para trabalhar na lavoura e, posteriormente, na mineração.

O tráfico de escravos para o Brasil não era exclusivo de comerciantes brancos europeus e brasileiros, mas era uma actividade em que os pumbeiros, que eram mestiços, negros livres e também ex-escravos, não só se dedicavam ao tráfico de escravos como controlavam o comércio costeiro – no caso de Angola, também parte do ...

Foi a Dinamarca, em 1792 – mas a lei criada nessa data só entrou em vigor em 1803. É importante lembrar que a escravidão – nascida junto com as primeiras civilizações – já havia sido adotada e abandonada diversas vezes por vários povos antigos, como egípcios, gregos e romanos.

Os países que lideram essa estatística são Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia. No Brasil, entre 2003 e 2018, 45 mil pessoas foram resgatadas de em situação análoga à escravidão, especialmente em ambiente rural.

O Brasil foi o país que mais recebeu escravizados. O mesmo inventário organizado pelo Banco de Dados do Comércio Transatlântico de Escravos, registrou que 4,86 milhões de negros desembarcaram oficialmente no País até meados de 1880.

Uma dessas razões, por exemplo, foi por ser a mão-de-obra negra mais qualificada do que a indígena. Outra forte razão, foram os altos lucros que o tráfico de escravos africanos rendia para os comerciantes. O tráfico era, sem dúvida, uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial.

Brasil

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

Os portugueses e o tráfico de escravos africanos
Quando os portugueses chegaram a Ceuta, no início do século XV, iniciaram a captura e escravização dos africanos das redondezas, com a justificativa de que eram prisioneiros de guerra e muçulmanos, considerados inimigos da fé católica europeia.

No século XVIII, o comércio do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo era suprido por escravos que vinham da costa leste africana (oceano Índico), particularmente Moçambique. No comércio baiano, a partir de meados do século XVII, e até o fim do tráfico, os escravos eram oriundos da região do Golfo de Benin.

Os capitães do mato eram geralmente escravos libertos, o que garantia uma posição social superior a dos que permaneciam escravos e mesmo de pobres livres, já que estavam mais próximos dos senhores.

Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós. Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados.

Nascido em Sorocaba na primeira metade do século XIX, Roque José Florêncio foi comprado por um fazendeiro de São Carlos (SP) e escolhido para ser "escravo reprodutor" no distrito de Santa Eudóxia. Familiares e um estudo afirmam que ele teve mais de 200 filhos e, segundo a certidão de óbito, morreu com 130 anos.