Quem controla o preço dos alimentos?

Perguntado por: asilva . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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“A inflação de alimentos é uma das consequências da falta de controle dos estoques do governo, que acabou com as políticas públicas como os estoques regulares que colaboram para estabilizar os preços, através da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, explica a técnica do Dieese.

De acordo com Smith, o preço de uma mercadoria seria regulado com base na “quantidade efetiva colocada no mercado (oferta) e a demanda daqueles que estão dispostos a pagar pelo preço total do produto, considerando o trabalho para a sua produção e o lucro a ser pago para colocá-lo no mercado”.

Para Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, a alta do dólar, a seca de 2021 e a escassez de insumos afetaram a produção de alimentos. E o encarecimento do preço dos barris de petróleo em 2021 e neste ano também tiveram grande influência sobre os preços.

“Só em 2022, o leite longa vida subiu 77,8%, o queijo, 16,2% e o biscoito, 16%”, comenta. Para o pesquisador, o aumento do preço dos alimentos ocorre por conta de alguns fatores: o País está na entressafra, as pastagens passam por um problema de seca e os insumos agrícolas tiveram altas importantes.

Na área de alimentos, a Anvisa coordena, supervisiona e controla as atividades de registro, inspeção, fiscalização e controle de riscos, sendo responsável por estabelecer normas e padrões de qualidade e identidade a serem observados.

Não existe somente uma razão para explicar essas altas, mas sim uma combinação de três fatores: inflação, real desvalorizado e oferta e demanda.

Essa variação de preços se deve aos aumentos praticados pela Petrobras, que tem aumentado o preço da gasolina de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional.

Confira alguns fatores sobre preço de venda de um produto ou serviço que devem ser levados em conta:

  • Custos de produção;
  • Salários de colaboradores;
  • Despesas fixas e variáveis;
  • Lucro que se espera alcançar;
  • Valores que a concorrência pratica.

Por que vários preços terminam em 99 centavos? A explicação mais comum e lógica é que diminuir 1 centavo do preço total de um item causa a sensação de que o produto é mais barato.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA é produzido pelo IBGE desde dezembro de 1979.

Insumos e problemas climáticos fizeram produção de alimentos ficar mais cara no Brasil em 2022, diz CNA. A produção de alimentos ficou mais cara no Brasil em 2022 em relação ao ano passado, quando os custos já estavam em alta.

Exportação pressiona preços
Neste ano, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a pressão inflacionária cresceu. O Índice de Preços dos Alimentos calculado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU) atingiu um recorde em 2022, superando altas históricas registradas na década de 1970.

São as mudanças climáticas e, como resultado, a diminuição ou perda da produção de alguns alimentos; além da instabilidade trazida por fatores externos, como por exemplo a pandemia do coronavírus e, agora, a Guerra da Ucrânia; além disso temos também a insegurança do mercado diante das eleições deste ano; e, por fim, o ...

Para combater a inflação de demanda, o governo tem que baixar a emissão monetária, diminuindo o estímulo ao consumo. Isso pode ser feito por meio da elevação da taxa básica de juros da economia, conhecida como taxa Selic.

Quando temos grande oferta de moeda e a oferta de bens e serviços não cresce na mesma medida, aumentando assim o seu preço, isso gera inflação.

Então, para controlar a inflação, o governo precisa reduzir a necessidade de se financiar com emissão de moeda. Para isso, precisa ajustar suas finanças, cortando gastos e/ou aumentando impostos, num processo permanente.

Os Estados Unidos possuem o quinto maior valor do quilo de arroz no mundo. Os norte-americanos precisam desembolsar US$ 3,62 (R$ 19,16) para comprar um quilo de arroz.