Quem comprou a maior parte da Eletrobras?

Perguntado por: axisco . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Após a privatização da Eletrobras (ELET6), em julho do ano passado, o fundo 3G Radar ficou como o maior acionista preferencial da Eletrobras, com 10,88%, acima da BNDESPar (6,68%), braço de participações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também possui 6,52% das ações preferenciais.

Participação no capital votante (ações ON) antes e depois da oferta.

  • União: antes era de 51,8%; agora é 33%
  • BNDESPar: antes era de 11%; agora é de 3,6%
  • BNDES: Antes era de 5,8%; agora é de 3,7%
  • Outros: antes era de 31,4%; agora é de 59,7%

Com a conclusão do processo, a Eletrobras se tornou uma empresa sem controlador definido, como aconteceu com a Embraer. O governo tem reafirmado que a privatização resultará em benefícios para a população e pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais, uma vez que tornará o setor mais competitivo.

Eletrobras rifada
A 3G Radar ficou como o maior acionista preferencial, com 10,88% das ações preferenciais. A gestora é ligada à 3G Capital, dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sucupira e Marcel Telles. O negócio contou com o aval da empresa de consultoria PwC.

Com a oferta de ações ordinárias, sem lote suplementar, a composição acionária da Eletrobras assim ficaria: União (34,9%), BNDESPar (3,8%), BNDES (3,9%), fundos do governo (2,4%) – perfazendo total aproximado de 44,9% nas mão do governo – e outros (55%).

O governo tem 43% das ações [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a um voto.

O consórcio Oliveira Energia-Atem, representado pela corretora Concórdia S.A., único proponente classificado, saiu vencedor do leilão da Amazonas Energia apresentando Índice de Deságio na Flexibilização Tarifária igual a zero.

Após a notificação do relatório expedido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre a privatização da CELPE, o então Governador do Estado, Jarbas Vasconcelos, editou o Decreto 21.925/99, de 16 de dezembro de 1999, fixando o preço mínimo das ações em R$ 1.780.979.194 (um bilhão, setecentos e oitenta milhões, novecentos e ...

O governo Bolsonaro concluiu nesta 5ª feira (9. jun. 2022) o processo de privatização da Eletrobras. Com o fim do bookbuilding –quando se avalia a demanda do mercado–, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu o preço de R$ 42 por ação.

Eletrobras (ELET3; ELET6), Engie (EGIE3) e Cteep (TRPL4) arremataram lotes no leilão que aconteceu desta sexta-feira. Das três, quem se deu melhor foi a Engie, com uma relação risco-retorno razoável e uma taxa interna de retorno positiva, de acordo com o JP Morgan.

Mas a privatização só foi concretizada no fim do governo de Carlos Menem, em 1999. O primeiro passo desse processo foi a transformação da YPF de uma empresa estatal para uma de sociedade anônima com capital aberto.

É o caso dos votos a que têm direito o governo federal nas decisões da diretoria da Eletrobras. O governo tem 42,6% das ações, mas o peso dos seus votos é de apenas 10%. Antes da venda a União detinha 72% das ações e com a capitalização deixou de ser o acionista majoritário.

Em 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um orçamento de R$ 32,1 bilhões para a CDE, sendo que os consumidores vão pagar R$ 30,2 bilhões desse montante. Com a venda da Eletrobras concretizada, esse custo recuaria para cerca de R$ 25 bilhões.

Proventos serão repassados aos fundos que compraram as ações, entre eles os que receberam aportes de recursos do Fundo de Garantia. Mas trabalhadores não terão acesso imediato ao dinheiro. A Eletrobras paga dividendos na casa de R$ 863 milhões nesta quinta-feira.

Para além do tarifaço, a privatização causará queda na qualidade da energia com aumento de apagões no futuro, desindustrialização com consequente aumento da falência de empresas e desemprego, privatização da água e a destruição da soberania energética.

A Eletrobras foi privatizada, finalmente.
A companhia foi vendida por praticamente R$ 100 bilhões. Para ser preciso, R$ 96,6 bilhões. O cálculo, porém, é um pouco diferente do tradicional de uma desestatização, e isso se deve ao modelo adotado. Por essa razão, o valor integral passou praticamente despercebido.

A Eletrobras (ELET3) paga nesta quinta-feira, 25, R$ 863,4 milhões em dividendos relativos ao ano passado. A empresa, privatizada há pouco menos de um ano, teve um lucro líquido consolidado de R$ 3,638 bilhões no ano de 2022.

O Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 1031/21, que cria as condições para a privatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País.