Quem comia o cacau na sociedade maia?

Perguntado por: emonteiro . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Os testes apontam que a ingestão de cacau pelos sacerdotes e pelas altas classes sociais da região ocorreu entre 600 e 500 a.C.

A civilização maia utilizou o cacau até para pagar impostos a autoridades. Aquela barra de chocolate que você está guardando para comer depois do almoço é valiosa, mas no ápice da civilização maia, podia ser a diferença entre ter ou não qualidade de vida.

Usado como moeda de troca entre os astecas e considerado um alimento sagrado para os incas e os maias, o cacau foi muito importante na economia da Bahia.

Além do milho, a abóbora, o feijão, o tomate e várias raízes eram alimentos usualmente consumidos pelos maias. A culinária maia também apreciava o uso de temperos e especiarias. A baunilha, a pimenta e o orégano eram produtos utilizados no tempero dos alimentos.

Os Astecas

Os Astecas assumiram o mesmo hábito dos Maias no uso das sementes de cacau: como moeda de troca e como matéria-prima.

Tudo começou na américa latina
Os Olmecas, uma das primeiras civilizações da América Latina, foram os primeiros a transformar a planta de cacau em chocolate. Estes bebiam o chocolate durante rituais e usavam-no como remédio. Séculos mais tarde, os Maias apelidaram o chocolate como a bebida dos deuses.

Para os maias, o cacau era um dom sagrado dos deuses, cujos grãos eram usados como moeda. Ek Chuah, o deus maia dos comerciantes e do comércio, era também o patrono da cultura do cacau. Quando os espanhóis invadiram terras maias no século 16, adotaram a bebida, adicionando açúcar e leite para torná-la doce e cremosa.

Maias e astecas faziam bebida de cacau com milho e pimentão (Foto: Divulgação/Wikimedia Commons) Eterno símbolo do desejo, o chocolate (que já invade os mercados em forma de ovos de Páscoa) é hoje encontrado em quase tudo: batom, chapinha, shampoo, perfume - e em diferentes formatos, cores, sabores e preços.

Na agricultura, os maias tinham como base de sua alimentação o milho, mas também cultivavam feijão, abóbora, pimenta, cacau e algodão.

Os maias também gostavam de praças amplas e palácios extensos, que serviam como casa para os nobres. O mais incrível é que, ao que tudo indica, eles não utilizavam ferramentas modernas que seriam cruciais para reproduzir tais construções nos dias de hoje — tudo era feito com muito trabalho braçal.

Originário do México, o milho é um cereal milenar, conhecido inclusive pelos antigos povos Maias, Incas e Astecas, que usavam a iguaria não apenas como alimento, mas também como oferta aos deuses.

Os primeiros vestígios da descoberta do chocolate são de 1.500 a.C. e vêm da civilização Olmeca que habitava o México na época. O cacau foi aproveitado posteriormente pelos Maias e Aztecas em forma de bebida, considerada sagrada. Nas cerimônias religiosas, o cacau torrado era servido com especiarias e mel.

O cacau chegou à Bahia em 1746, quando um colonizador francês que vivia no Pará, Luiz Frederico Warneau, enviou algumas sementes da variedade “Forastero” (do grupo Amelonado) ao fazendeiro baiano Antonio Dias Ribeiro, que as semeou no município de Canavieiras. Em 1752, foram plantadas as primeiras sementes em Ilhéus.

Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos mais tarde, os culinaristas franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da História.

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