Quem amamenta corre risco de engravidar?

Perguntado por: rboaventura8 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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É possível engravidar durante o aleitamento materno, mas isso não é muito provável. As mamãe que amamentam a livre demanda, ou seja toda a vez que o bebê quer, e que o bebê está em amamentação exclusiva, tem uma chance muito baixa de gestação.

De acordo com o ginecologista e obstetra André de Paula Branco, isso acontece porque as lactantes só estão protegidas de uma nova gestação quando produzem muita prolactina, o hormônio que bloqueia a ovulação.

Gestação não é contraindicação para amamentação. A gestante pode continuar amamentando se assim desejar e se a gravidez for normal. Deve-se aumentar o aporte calórico e de fluídos. Muitas crianças interrompem a amamentação espontaneamente durante a nova gravidez.

São eles: contraceptivo oral, injeção trimestral ou o implante subdérmico. Esses são os métodos de escolha para aquelas mulheres que preferem métodos hormonais. Eles podem ser iniciados 6 semanas após o parto e não influenciam na amamentação e no crescimento do recém-nascido.

Para contracepção de emergência, a pílula do dia seguinte constituída de levonorgestrel é permitida, pois este é um progestágeno que não interfere no aleitamento.

E é raro mesmo. Quem amamenta em livre demanda tem as chances de engravidar reduzidas. Nessas condições, a mulher pode demorar a ovular, já que a sucção da mama estimula a produção da prolactina, hormônio responsável pela produção do leite que, ao mesmo tempo, suprime a atividade ovariana.

Nos primeiros 42 dias do resguardo, há pouquíssima probabilidade de engravidar, e essa hipótese continuará baixa enquanto a mulher estiver amamentando por livre demanda, (no mínimo de 3 em 3 horas) que faz com que a ovulação seja inibida.

Jairo explica que esta “chance maior” é um mito e não existe. “Tendo ou não tendo uma gravidez anterior, os riscos de engravidar são os mesmos”, enfatiza o médico.

Ora num ciclo “ideal” de 28 dias (em que o dia 1 é o primeiro dia de fluxo menstrual e o último (dia 28) é a véspera do primeiro dia da menstruação seguinte) a ovulação ocorrerá no dia 14 do ciclo (14 dias após o 1º dia da menstruação e 14 dias antes do 1º dia da menstruação seguinte).

Outro sintoma comum é a presença de um líquido vaginal espesso e transparente, como clara de ovo, chamado muco cervical. Sensibilidade na vulva e nas mamas pode ser outro sinal de que a mulher está ovulando, assim como um aumento discreto na temperatura basal depois da ovulação.

Muitas mulheres ficam grávidas algumas semanas após o parto ou até mesmo no resguardo, por isso conhecemos famílias com filhos que possuem quase a mesma idade. Portanto, é possível ter uma gravidez após parto, mesmo que o ciclo menstrual ainda não tenha retornado.

Se você está atualmente amamentando e se pergunta o porquê da sua menstruação estar atrasada, saiba disso: quando se trata da sua menstruação e amamentação é anormal é normal. Algumas mamães não menstruam todo o tempo que está amamentando – anos, para algumas.

Segundo estudos, sua eficácia é de cerca de 78%, ou seja, aproximadamente 2 entre 10 mulheres poderão engravidar utilizando-o.

Portanto, se a mulher está amamentando, mas o aleitamento materno não é mais exclusivo, os ciclos ovulatórios podem não ser bloqueados e ela ovular. Nesta situação, mesmo amamentando, se tiver relação sexual desprotegida naquele momento da ovulação, poderá sim engravidar”, esclareceu a especialista.

O Ministério da Saúde recomenda que a mulher aguarde cerca de 40 dias para ter a primeira relação sexual após o parto, tempo necessário para o organismo se recuperar. Independentemente do tipo de parto, é comum a vagina ficar menos lubrificada após o nascimento do bebê.

Segundo pesquisas, cerca de 50% das tentantes levam de 18 a 59 meses para conseguir engravidar novamente. Da mesma forma, 20% delas demoram mais de 60 meses para gestar e 30% precisam de menos de 18 meses.

Como saber se está grávida nos primeiros dias após a fecundação?

  • Leves cólicas abdominais;
  • Náuseas, enjoos, vômitos e aversão a cheiros fortes;
  • Alterações no corrimento vaginal;
  • Sensibilidade e aumento dos seios;
  • Cansaço e sonolência;
  • Atraso menstrual;
  • Sangramento vaginal;
  • Dor de cabeça.