Quem alimenta o tráfico?

Perguntado por: lbarros . Última atualização: 30 de abril de 2023
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“Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média”, diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.

Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.

Nos crimes contra a vida observou-se a interação social como a principal motivação; nos crimes contra os costumes, a interação social e a herança familiar; nos crimes contra o patrimônio, a condição econômica do indivíduo; a motivação do preso por tráfico de entorpecentes encontrou apoio nas questões econômicas, na ...

O governo federal tem usado como estratégia de combate ao crime organizado e à corrupção causar prejuízos financeiros às quadrilhas. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) arrecadou R$ 226 milhões com a venda de bens apreendidos de criminosos após leilões realizados em 2019 e 2020.

Dono do Morro é a expressão que atualmente designa o chefe do tráfico de drogas em favelas do Rio de Janeiro.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo núcleo investigativo da RecordTV, mostram que 53 facções estão espalhadas pelo país, sendo o PCC a mais dominante. O CV está em 13 e no Distrito Federal.

O crack

O crack dá muito mais dinheiro." As palavras de Léo, 29 anos, ex-traficante que atuava em cidades satélites de Brasília, apontam para um dos principais fatores do aumento do crack nas grandes e média cidades brasileiras.

Não é segredo que o PCC é a maior facção do país, com ação transnacional.

O tráfico de pessoas, teoricamente, é o recrutamento de uma pessoa, é a retirada dela em seu habitat por meios ilícitos ou por engano, e levada para um outra realidade, seja um outro município, uma outra cidade, um outro estado, um outro país, para fins de exploração.

Por que os jovens entram no tráfico? Há grandes motivações que levam esses jovens a novamente praticar um ato infracional: falta de capacitação técnica, falta de empregabilidade, falta de orientação psicossocial e falta de orientação familiar.

O tráfico de drogas movimenta R$ 19 bilhões no Brasil anualmente. O país é o segundo que mais consome drogas no mundo. Em São Paulo, crimes desse tipo foram registrados na Zona Sul.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o governo federal está empenhado no combate ao crime. “Não há dúvidas que o trabalho integrado entre as polícias é o melhor caminho para combater o crime organizado.

Aumentar o número de delegacias de combate ao tráfico, principalmente nos estados onde há maior vulnerabilidade e o tráfico é predominante ou crescente, como Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

As regiões do mundo, classificadas por número de pessoas no tráfico humano: Ásia e Pacífico: 29.3 milhões. África: 7 milhões. Europa e Ásia Central: 6.4 milhões.

O poderio financeiro do PCC está diretamente relacionado ao tráfico de drogas. “Quanto mais droga vendida, mais dinheiro para comprar armas e drogas, que dão retorno com mais dinheiro”, diz a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ao explicar o ciclo de crescimento da organização.

Com atuação em quase todo o território brasileiro, mais de 30 mil membros e movimentação financeira que já ultrapassa R$ 1 bilhão, o PCC é uma das principais organizações criminosas da América do Sul.

Os adolescentes que trabalham para traficantes de favelas cariocas recebem de R$ 100 a R$ 3.000 por semana e participam de uma estrutura hierárquica que lhes possibilita subir de cargo e aumentar seus vencimentos.

Johnny Bravo

Atualmente, a Rocinha é dominada pelo CV, facção na qual Johnny Bravo faz parte. Apesar de ser considerado o "dono do morro", ele ainda divide o controle com Rogério 157, seu aliado. Johnny apareceu portando anéis com o nome "Rogério 157" em suas raras imagens que circulam nas redes sociais.

Diferentemente de outras facções, o CV tem a característica de ser menos hierárquico, composto por "donos do morro" — a expressão é usada para designar os chefes do tráfico de drogas na região. Ou seja, não tem um líder, mas um conjunto de lideranças que comandam territórios e que se aliam entre si.

Sérgio Mendonça, o Serginho Ratazana.